Roseli
Ferreira Pimentel (PSB) havia sido presa, no dia 7 de setembro, suspeita de
envolvimento na morte de um jornalista.
Roseli Pimentel, prefeita de Santa Luzia (Foto:
Reprodução/TV Globo)
A prefeita
afastada de Santa Luzia, Roseli Ferreira Pimentel (PSB), deixou a penitenciária
Estevão Pinto, em Belo Horizonte, neste sábado (7), depois que o Superior
Tribunal de Justiça (STJ) concedeu
prisão domiciliar à ela. A política foi presa
no início de setembro, por suspeita de envolvimento na morte de
um jornalista em agosto do ano passado.
De acordo
com a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap), a prefeita é
monitorada por meio de tornozeleira eletrônica. O advogado dela, Marcelo
Leonardo, informou ao G1 que havia pedido ainda no habeas corpus o cancelamento
do afastamento da política da Prefeitura de Santa Luzia, mas o pedido não foi
julgado.
A
prefeita afastada estava presa no Complexo Penitenciário Feminino Estevão
Pinto, em Belo Horizonte, desde o dia 7 de setembro. Ela é suspeita de
envolvimento na morte do jornalista Maurício Campos Rosa, do jornal "O
Grito". O crime foi em agosto do ano passado.
Segundo a
polícia, a prefeita pagou
R$ 20 mil pela execução do assassinato e para isso cometeu
outro crime: peculato. As investigações apontam que o dinheiro saiu da
prefeitura, por meio de uma nota fiscal que simulou a compra de três toneladas
de mamão para merenda escolar.
Em
setembro, a assessoria Executivo municipal informou que a prefeita afastada não
está recebendo salário e que o vice, Fernando César de Almeida Nunes Rezende
(PRB), assumiu a administração do município.
Prefeita de Santa Luzia, Roseli Pimentel (PSB),
é presa e levada para o IML (Foto: Reprodução/TV Globo)
Roseli teve o
mandato cassado cinco vezes e ainda estava no cargo por causa de liminar. Ela e
o vice-prefeito, Fernando Rezende, são acusados de captação ou gasto ilícito de recursos
financeiros na campanha eleitoral.
Outra condenação
Roseli já havia
sido condenada em primeira instância por outra irregularidade.
Nesta ação, ela foi considerada culpada de ter determinado, por meio de
mensagens enviadas por celular, que diretores de escolas municipais
influenciassem pais de alunos durante as eleições.
Segundo a juíza
eleitoral Arlete Aparecida da Silva Coura, houve abuso de poder político e
econômico. Ela teria se aproveitado de sua influência política e dos recursos
municipais para favorecer a sua candidatura. A prefeita é acusada de ter
determinado, por meio de mensagens enviadas por celular, que diretores de
escolas municipais influenciassem pais de alunos durante as eleições.
De acordo com a
decisão judicial, “comentários compartilhados e as experiências narradas
demonstram que as servidoras públicas em questão realizaram campanha eleitoral
valendo-se dos cargos por elas exercidos na rede municipal de ensino”.
A prefeita e o
vice foram declarados inelegíveis por oito anos e ainda foram condenados a
pagar multa de R$ 15 mil.
Por
G1 MG, Belo Horizonte
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