quinta-feira, 7 de março de 2019

Polícia Civil deflagra operação contra fraudes em licitações na Companhia Riograndense de Mineração

Investigações apontam irregularidades na consulta de preços visando contratações emergenciais

Mandados de busca estão sendo cumpridos na Capital, Butiá, Charqueadas, Alvorada e Minas do Leão
   Mandados de busca estão sendo cumpridos na Capital, Butiá, Charqueadas, Alvorada e Minas do Leão
   Foto: Polícia Civil / Divulgação / CP

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública e Ordem Tributária (DEAT), deflagrou na manhã desta quinta-feira a Operação Cinerum em combate a crimes de fraudes em licitação e associação criminosa praticados em detrimento dos cofres públicos da Companhia Riograndense de Mineração (CRM). Cerca de 50 policiais cumprem 10 mandados de busca na sede da empresa em Porto Alegre, e em endereços comerciais e residenciais em Alvorada, Butiá, Charqueadas, Minas do Leão.

Os alvos são quatro prestadoras de serviços que era contratadas emergencialmente para realizar transporte de cinzas. No esquema, a vencedora da licitação desistia subtamente do negócio por suposta incapacidade de realização do serviço. Por conta disso, o contrato era passado para a segunda colocada no pregão eletrônico , cuja propriedade pertencia aos mesmos sócios da terceira. As empresas funcionam, inclusive, no mesmo prédio, com CNPJs diferentes.

A Contadoria e Auditoria Geral do Estado (Cage) foi responsável pela denúncia, em 2017, após identificar irregularidades nas contratações. O órgão já havia relatado questões atípicas desde 2013. De acordo com o DEAT, a CRM seria vítima das fraudes. O governo do Rio Grande do Sul prevê avançar nos próximos meses com a autorização para privatizar da estatal, junto com CEEE, Sulgás e concluir a venda até meados de 2020.


Por Correio do Povo

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