Corpo da
vocalista foi encontrado carbonizado em 19 de janeiro de 2017
Corpo da vocalista foi encontrado carbonizado
em 19 de janeiro de 2017 | Foto: Facebook / Reprodução / CP
O caseiro Wallace de Paula Vieira foi condenado a
37 anos de prisão por roubo seguido de
morte (latrocínio) da cantora do grupo musical Kaoma, Loalwa Braz Vieira Machado Ramos, de 63 anos, em 19 de
janeiro de 2017, e por causar incêndio na pousada em que ela morava. Também
foram condenados Gabriel Ferreira dos Santos, a 28 anos de prisão, e Lucas
Silva de Lima, a 22 anos, pelo crime de latrocínio.
A sentença é da juíza Aline Dias, da 1ª Vara de
Saquarema, na Região dos Lagos, que determinou regime fechado para o início do
cumprimento das penas, sem poderem recorrer em liberdade. A denúncia que levou
à condenação indicou que a cantora estava dormindo na pousada quando os três
arrombaram a porta do quarto e a agrediram com pauladas, golpes de faca,
chutes, socos e a enforcaram, enquanto Loalwa pedia socorro.
A denúncia apontou ainda que os acusados pegaram
pertences da cantora, como joias, dinheiro, celular, cartão bancário e a imagem
de uma santa, e não deixaram para trás nem produtos de maquiagem. Para saírem
do local, utilizaram o carro da cantora, que foi novamente agredida. A cantora
morreu queimada após os acusados atearem fogo no veículo. Wallace também incendiou
a pousada.
A juíza Aline Dias considerou que não havia como
contestar a autoria dos réus, presos em flagrante pouco tempo após o crime,
incluindo os depoimentos de testemunhas, a confissão dos três e a apreensão de
parte dos objetos roubados. "O crime foi premeditado pelos três réus,
partindo sua ideia do réu Wallace, que era empregado da própria vítima, dormia
no local, tinha conhecimento da rotina da pousada e de sua movimentação
financeira, do alto valor lá guardado (R$ 15 mil) e sabia que, no dia e hora do
local do delito, a vítima se encontrava sozinha e no seu quarto", disse a
juíza.
A cantora, nacionalmente conhecida pelo hit de
lambada "Chorando se Foi", sucesso no final dos anos 1980, foi
assassinada no distrito de Bacaxá, em Saquarema, na Região dos Lagos do Rio de
Janeiro.
Agência Brasil
Correio do Povo
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