terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Terra Indígena do Guarita elege novo cacique


   Da esquerda para a direita, o servidor Joacir de Oliveira, o cacique Vilmar Sales e o vice Natalino Mineiro

Em reunião promovida ontem na sede da Coordenação Regional da Funai, em Passo Fundo, foram apresentados os sucessores do cacicado na Terra Indígena do Guarita. Vilmar Sales foi eleito cacique e Natalino Mineiro, vice-cacique. Vilmar era vice de Marcelino Mineiro, que faleceu na última sexta-feira.

Seguindo os costumes da cultura indígena, a eleição foi promovida em reunião no último domingo, dia 7, no centro administrativo, localizado no setor Km 10. Estiveram presentes as entidades religiosas e esportivas, a área da saúde e educação e as lideranças constituídas.

Conforme nota divulgada, o novo cacicado foi eleito por unanimidade. As informações constam em ata entregue à Funai. A Terra Indígena do Guarita está localizada entre os municípios de Redentora, Miraguaí e Tenente Portela

Instabilidade política na Terra Indígena do Guarita

A situação política na Terra Indígena do Guarita, contudo, segue instável. A assessoria de imprensa da Funai encaminhou alguns esclarecimentos à reportagem da Rádio Alto Uruguai.

Com a prisão do então cacique Valdonês Joaquim, no dia 6 de novembro, por suposto apoio operacional à quadrilha que assaltou as agências bancárias em Miraguaí, Marcelino Mineiro passou de vice-cacique para cacique, com o aval do grupo que apoiava Valdonês.

Marcelino faleceu na sexta-feira passada por complicações decorrentes de uma cirurgia de vesícula biliar. Diferentemente da nota publicada em seu site oficial, a Funai confirma que ele morreu no Hospital da Unimed na cidade de Ijuí, às 8h30min da manhã. Anteriormente a entidade havia informado que Marcelino tinha morrido de madrugada em Tenente Portela. Em função da morte de Marcelino, a comunidade se reuniu para escolha do novo cacique, sendo eleito Vilmar Sales para o cargo. 

Por outro lado, um grupo liderado pelo ex-cacique Carlinhos Alfaiate, não aceitou as escolhas e deflagrou um processo eleitoral. Segundo a Comissão Eleitoral Permanente divulgou ontem, seis candidaturas foram homologadas. O processo eleitoral, inclusive, estipula prazos para a publicação final de todas as chapas homologadas e início da campanha, previsto para o dia 9 de março.

Segundo a Funai, o processo eleitoral não está confirmado. A assessoria de imprensa da fundação informou que, por sugestão do Ministério Público Federal, uma reunião deve ser realizada com representantes dos dois grupos para chegar a um consenso pacífico sobre a situação. 

A fundação pretende realizar a reunião entre os dias 15 e 19 deste mês, no escritório da FUNAI, em Miraguaí. O encontro deve ter a presença do cacique e suas lideranças e de cinco membros do outro grupo, com a devida segurança para sua realização. Segundo a assessoria de imprensa, a data não foi confirmada porque a Polícia Federal informou não dispor de efetivo para o apoio necessário.


Rádio Alto Uruguai
Foto: Divulgação/Assessoria de Imprensa

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