sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Motorista de Cristiano Araújo é condenado pela morte do cantor e da namorada

Casal morreu em um acidente de trânsito em 24 de junho de 2015

Casal morreu em um acidente de trânsito em 24 de junho de 2015 | Foto: Reprodução / CP
   Casal morreu em um acidente de trânsito em 24 de junho de 2015 | Foto: Reprodução / CP

O motorista Ronaldo Miranda foi condenado pelas mortes do cantor Cristiano Araújo e de sua namorada, Allana Coelho Pinto de Moraes. Conforme a Justiça, ele deverá cumprir dois anos, sete meses e 15 dias de detenção, em regime aberto, pelo crime de homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.

A decisão, publicada nesta quinta-feira, é da juíza Patrícia Machado Carrijo, da 2ª Vara Cível, Criminal, das Fazendas Públicas, de Registros Públicos e Ambiental de Morrinhos. A magistrada substituiu a pena privativa de liberdade pela prestação de serviços à comunidade e pela prestação pecuniária de 10 salários mínimos para uma entidade social que ainda será definida. Além disso, determinou que Miranda pague R$ 25 mil a título de reparação dos danos causados aos sucessores de cada uma das vítimas. O motorista também teve a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa.

Conforme texto divulgado pelo Tribunal de Justiça de Goiás nesta quinta, para a magistrada ficou comprovada a autoria do crime, "uma vez que Ronaldo Miranda tinha plena ciência sobre as condições precárias das rodas instaladas no veículo e do risco inerente da sua utilização no momento de sua condução". Patrícia Carrijo ainda reforçou que o motorista agiu nas três modalidades previstas no Código Penal: imprudência, negligência e imperícia.

Sobre a imprudência, Patrícia Carrijo destacou um estudo feito pela empresa Land Rover, fabricante do veículo acidentado, que constatou que o carro estava a 179.3 km/h, o que, para ela, atesta excesso de velocidade. “Assim, inexiste dúvidas de que estaria em velocidade superior ao da permitida para o trecho do acidente, qual seja 110 km/h”, enfatizou. Já sobre a imperícia, ela disse que não houve qualificação ou treinamento adequado para exercer ou desempenhar determinada função. “Nesse sentido, o acusado deixou de utilizar do conhecimento técnico necessário para condução do veículo, eis que naquele momento atuava na função de motorista da vítima”, considerou.

A decisão cabe recurso. Em declaração à TV Anhanguera, Miranda disse que ainda não foi informado sobre a medida.

Cristiano Araújo e Allana Coelho Pinto de Moraes morreram em um acidente na madrugada de 24 de junho de 2015 na BR 153, a caminho de Goiânia. Eles retornavam de Itumbiara, no Sul de Goiás. De acordo com a denúncia, os dois não usavam cinto de segurança. Além do casal, estavam no carro o motorista Ronaldo Miranda e o empresário Victor Leonardo.


Correio do Povo e AE

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