"Vivemos momento de passar cooperativa a limpo", disse
Eugênio Frizzo durante o Informativo da Cotrijui
Foto: Ministério
Público/ Divulgação
Em seu primeiro pronunciamento após a operação do Ministério
Público que apura irregularidades em gestões da Cotrijui (Cooperativa
Agropecuária Industrial) – ocorrida na última sexta-feira, 26, em 16 cidades do
Estado, entre elas Santo Augusto, ontem, 28, o presidente liquidante da
cooperativa, Eugênio Frizzo, falou sobre a situação no programa Informativo da
Cotrijui, que é veiculado todos os domingos, em cadeia, por emissoras de
rádio.
“Que seja um momento de passar a limpo a Cotrijui”, disse Frizzo
em relação à operação que cumpriu 24 Mandados de Busca e Apreensão em sedes da
cooperativa e em residências de membros da atual e de ex-gestões.
Em crise desde 2013 e com uma dívida de R$ 1,8 bilhões a
Cotrijui é apontada como base para diferentes fraudes, que, supostamente, vêm
sendo cometidos por uma organização criminosa que integra os quadros da
cooperativa, afirma o MP. Quanto a isso, o presidente liquidante pediu
tranquilidade aos associados, afirmando que os funcionários e membros da atual
diretoria não compactuam com esse tipo de ação e que estão colaborando com a
Justiça, no entanto, afirmou que documentos, balaços e matrículas de
terrenos apreendidos comprovam a existência de fraudes no passado.
Para Frizzo, apesar de ser constrangedor ter o nome da cooperativa
estampado na mídia como alvo da operação, isso traz esperança para que sejam
apontados os responsáveis pela dívida bilionária. Durante o programa, Frizzo
também falou sobre o processo de recuperação judicial, protocolado em 21 de
novembro do ano passado, o qual, segundo ele, segue parado, sem decisões
conclusas que mostrassem alternativas para a Cotrijui.
Após a ofensiva do Ministério Público, o integrante do grupo de
produtores que diz querer recuperar a Cotrijui, Edson Burmann, disse, em entrevista
ao Jornal do Comércio, que será proposto ao Judiciário, um triunvirato, ou
seja, uma associação política, para assumir a cooperativa. Um dos nomes
cogitados por Burmann é Cristiano Cabrera, presidente da Associação dos
Agricultores de Dom Pedrito.
Até o momento, a Cotrijui não divulgou nenhuma nota de
esclarecimento. Procurado pela Rádio Querência ainda na sexta-feira, 26,
Marcelo Zampieri, advogado da Cotrijuí, se disse surpreso com a operação.
Zampieri explicou que precisa analisar o caso antes de fazer qualquer
pronunciamento sobre os próximos passos. Por fim, ele ressaltou que fala apenas
em nome da Cotrijui e não sobre os integrantes da diretoria investigados, cujos
nomes não foram revelados.
Com
informações Jornal do Comércio
Postado por: Maira Kempf
Rádio Querência
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