segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Presidente da Cotrijui se manifesta sobre investigação do MP

"Vivemos momento de passar cooperativa a limpo", disse Eugênio Frizzo durante o Informativo da Cotrijui

   Foto: Ministério Público/ Divulgação

Em seu primeiro pronunciamento após a operação do Ministério Público que apura irregularidades em gestões da Cotrijui (Cooperativa Agropecuária Industrial) – ocorrida na última sexta-feira, 26, em 16 cidades do Estado, entre elas Santo Augusto, ontem, 28, o presidente liquidante da cooperativa, Eugênio Frizzo, falou sobre a situação no programa Informativo da Cotrijui, que é veiculado todos os domingos, em cadeia, por emissoras de rádio. 

“Que seja um momento de passar a limpo a Cotrijui”, disse Frizzo em relação à operação que cumpriu 24 Mandados de Busca e Apreensão em sedes da cooperativa e em residências de membros da atual e de ex-gestões. 

Em crise desde 2013 e com uma dívida de R$ 1,8 bilhões a Cotrijui é apontada como base para diferentes fraudes, que, supostamente, vêm sendo cometidos por uma organização criminosa que integra os quadros da cooperativa, afirma o MP. Quanto a isso, o presidente liquidante pediu tranquilidade aos associados, afirmando que os funcionários e membros da atual diretoria não compactuam com esse tipo de ação e que estão colaborando com a Justiça, no entanto, afirmou que documentos, balaços e matrículas de terrenos apreendidos comprovam a existência de fraudes no passado. 

Para Frizzo, apesar de ser constrangedor ter o nome da cooperativa estampado na mídia como alvo da operação, isso traz esperança para que sejam apontados os responsáveis pela dívida bilionária. Durante o programa, Frizzo também falou sobre o processo de recuperação judicial, protocolado em 21 de novembro do ano passado, o qual, segundo ele, segue parado, sem decisões conclusas que mostrassem alternativas para a Cotrijui. 

Após a ofensiva do Ministério Público, o integrante do grupo de produtores que diz querer recuperar a Cotrijui, Edson Burmann, disse, em entrevista ao Jornal do Comércio, que será proposto ao Judiciário, um triunvirato, ou seja, uma associação política, para assumir a cooperativa. Um dos nomes cogitados por Burmann é Cristiano Cabrera, presidente da Associação dos Agricultores de Dom Pedrito. 

Até o momento, a Cotrijui não divulgou nenhuma nota de esclarecimento. Procurado pela Rádio Querência ainda na sexta-feira, 26, Marcelo Zampieri, advogado da Cotrijuí, se disse surpreso com a operação. Zampieri explicou que precisa analisar o caso antes de fazer qualquer pronunciamento sobre os próximos passos. Por fim, ele ressaltou que fala apenas em nome da Cotrijui e não sobre os integrantes da diretoria investigados, cujos nomes não foram revelados. 

Com informações Jornal do Comércio 


Postado por: Maira Kempf
Rádio Querência

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