O Cartório de Proteção à Criança e ao
Adolescente da Delegacia de Delitos de Trânsito, sob a responsabilidade do
Delegado de Polícia Charles Dias do Nascimento, está investigando três casos de
estupro registrados na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento de Santiago
nos últimos dias. Os casos são distintos e as vítimas tem idades de 6, 10 e 15
anos.
O caso onde a vítima tem 6 anos foi
registrado na Polícia Civil no sábado, 09. Segundo a ocorrência, a criança era
abusada sexualmente por dois homens, vizinhos do ex-marido da mãe da criança. A
menina contou a mãe que os dois homens passavam as mãos em seus órgãos genitais
e tentavam realizar penetração. Os abusos ocorriam diariamente e a vítima
recebia presentes de um dos agressores.
A ocorrência em que a vítima é uma
menina de 10 anos foi registrada no dia 05 por um policial militar que é
instrutor do Proerd na Escola onde a criança estuda. A menina escreveu bilhetes
para o policial, onde contou que era abusada sexualmente pelo tio, de 24 anos.
Os abusos ocorreram pelo menos quatro vezes e iniciaram em agosto do ano
passado. Segundo relato da menina, além de carícias pelo corpo e órgãos
genitais, ocorreu sexo oral e penetração. A garota não denunciou antes
porque o tio ameaçava de fazer algo ruim caso ela contasse sobre os abusos para
alguém. A menina somente tomou coragem para procurar ajuda durante as aulas do
Proerd.
O caso que envolve a jovem de 15 anos
ocorreu no início madrugada desta segunda-feira, 11, em uma residência no
bairro Irmã Dulce. De acordo com a vítima, ela foi forçada a cheirar um pó
branco e a consumir cerveja enquanto três jovens passavam as mãos em seus
seios, sendo que um deles usava uma soqueira para forçar a relação sexual com a
vítima. A adolescente conseguiu fugir e pedir socorro em uma casa nas
proximidades, onde os moradores acionaram a Brigada Militar.
Nos três casos, o Delegado de Polícia
Guilherme Milan Antunes, titular da DPPA, solicitou ao Departamento Médico
Legal de Santiago a realização de exame de conjunção carnal nas vítimas.
Confirmando-se o indiciamento nos
inquéritos policiais e condenação no Poder Judiciário, os acusados podem ficar
presos de 6 a 15 anos, conforme prevê os artigos 213 e 217 do Código Penal. A
pena é maior para estupro de vulnerável, quando as vítimas tem menos de 14
anos.
Os nomes dos acusados e outras
informações que possam identificar as vítimas foram preservados pelo Blog
Rafael Nemitz, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Blog Rafael Nemitz
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