Paralisação é por tempo indeterminado
Professores aprovam greve nas escolas estaduais
a partir do dia 15 | Foto: Mauro Schaefer
Os
professores aprovaram a realização de greve nas escolas estaduais do Rio Grande
do Sul em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira no Gigantinho, em
Porto Alegre. A paralisação tem início a partir dia 15 de março por tempo
indeterminado.
A
assembleia organizada pelo Cpers/Sindicato faz parte de uma mobilização
nacional dos professores, que, entre outras pautas, combate à proposta de
alteração da previdência apresentada pelo governo federal.
Além da
questão da previdência, o Cpers destaca que a mobilização no Rio Grande do Sul
ocorrem também pelo temor de que haja falta de professores em áreas específicas
da rede estadual. O sindicato ainda protesta por conta do parcelamento de
salários adotados pelo governo do Estado desde o ano passado.
Após a
aprovação da greve, os professores iniciaram caminhada até o Centro de Porto
Alegre. Eles devem encerrar a caminhada com um ato em frente ao Palácio
Piratini.
Em nota,
a Secretário Estadual de Educação afirmou que a grave é “inoportuna” por conta
do início do ano letivo.
Confira a
nova completa do governo do Estado
Sobre a
informação divulgada pelo Cpers Sindicato, após ato de um grupo de
sindicalistas que decidiu deflagrar greve a partir do dia 15 de março, a
Secretaria da Educação torna público o seguinte posicionamento:
1 - A medida é inoportuna, visto que o ano letivo de 2017 se
iniciou nesta segunda-feira (6) e a greve afetará diretamente a comunidade
escolar, especialmente os mais de 900 mil estudantes.
2 - O país enfrenta uma recessão econômica sem precedentes, o que
impacta diretamente o Rio Grande do Sul, que atravessa a maior crise econômica
de sua história. No entanto, o Governo do Estado pagou o completivo do piso do
magistério referente ao período de 2015 a 2017, impactando R$ 200 milhões/ano
nos cofres públicos. Isso para que nenhum professor tivesse remuneração
inferior ao piso nacional.
3 - Nos últimos meses de 2016, o Governo do Estado fez outro
esforço para pagar a alteração de nível dos professores, resultando no aumento
de R$ 25 milhões/ano na folha de pagamento do funcionalismo.
4 - A Secretaria da Educação confia que os nossos professores
estaduais permanecerão em sala de aula, em respeito aos alunos e à comunidade
escolar.
Fonte:
Correio do Povo
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