Pronunciamentos destacaram fim do foro privilegiado, Lula na
cadeia, e não à anistia do Caixa 2
Protesto a favor da Lava Jato em Porto Alegre
decepciona organizadores | Foto: Ricardo Giusti
Com
número bem menor de participantes em relação a outras manifestações anteriores,
o protesto deste domingo em defesa da operação Lava-Jato e do juiz Sérgio Moro,
em Porto Alegre, começou a reunir público por volta das 15h. Após as 16h
pronunciamentos destacaram outros temas, entre os quais, “política não é
profissão, fim do foro privilegiado, a gente acaba com STF ou o STF acaba com o
Brasil, Lula na cadeia, e não à anistia do Caixa 2”.
Do alto
do caminhão de onde eram feitos os discursos, na avenida Goethe, interditada
entre as ruas Mostardeiro e 24 de Outubro, porta-vozes do protesto organizado
pelo Movimento Brasil Livre (MBL), Vem Pra Rua e Banda Loka Liberal, destacaram
que o “Fora Temer” não estava na pauta porque “essa decisão nós tomamos na
eleição de 2014”. Como em outras ocasiões, bandeiras do Brasil e o
verde-amarelo dominaram o cenário.
Segurando
uma gaiola na qual bonecos dos ex-presidentes Luis Inácio Lula da Silva e Dilma
Rousseff figuravam como presidiários”, o administrador de empresas Werner
Dullius, afirmou: “Temos que ter Lava-Jato total, acabar com cargos de
comissão, com aposentadorias a políticos, e precisamos ver Lula e Dilma na
cadeia”.
Para a
coordenadora do MBL/RS, Paula Cassal, o pouco público - alguns falavam entre 1
mil a 1,5 mil pessoas - deveu-se à convocação, que não foi intensa. Já a
coordenadora do Vem Pra Rua, Iria Cabrera, disse que mesmo não estando na rua,
a maioria da população está indignada. “O limite da paciência de hoje está pior
do que o de antes. Quanto mais se faz contra eles, mais esses políticos de
safam”, lamentou.
O
deputado Marcelo Van Hattten abriu os discursos. Defendeu apoio à Lava-jato. A
pauta da manifestação tratou ainda do PL 3722 (revoga Estatuto do
Desarmamento), “voto em lista não”, contra foro privilegiado a políticos, e
outras questões. Assuntos como a Lei da Terceirização, aprovada pela Câmara, e
aumento de impostos, já anunciado pelo ministro da Fazenda, não foram tratados.
Heron Vidal
Correio do Povo
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