Documento será encaminhado à Presidência da República
Câmara dos Deputados aprovou nessa quarta
redação final de projeto de terceirização irrestrita
Foto: Alex Ferreira / Câmara dos Deputados / CP
O
Ministério Público do Trabalho (MPT), através da Procuradoria-Geral do
Trabalho, vai pedir o veto da redação final do projeto de terceirização
irrestrita aprovada pela Câmara dos
Deputados na noite
dessa quarta-feira. De acordo com informações da assessoria de imprensa da
procuradoria-geral, o documento ainda está em fase de elaboração e deve ser encaminhado
o mais rápido possível à Presidência da República.
As
propostas aprovadas pela Câmara seguiram para sanção do presidente Michel
Temer. Após serem sancionadas, entram em vigor. Entenda o conteúdo
do texto aprovado.
O texto
principal do projeto foi aprovado por 231 votos a 188. Houve ainda oito
abstenções. O placar mostra que o governo terá dificuldades para aprovar as
reformas trabalhista e, principalmente, a da Previdência, que será votada por
meio de Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que exige um mínimo de 308
votos favoráveis na Câmara.
A Câmara
não pôde incluir inovações no texto. Isso porque a proposta, de 1998, já tinha
passado uma vez pela Casa, em 2000, e pelo Senado, em 2002. Com isso, deputados
só puderam escolher se mantinham integral ou parcialmente o texto aprovado pelo
Senado ou se retomavam, integral ou parcialmente, a redação da Câmara.
O texto
final aprovado, que seguirá para sanção do presidente Michel Temer, autoriza a
terceirização em todas as atividades, inclusive na atividade-fim. Atualmente,
jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (TSE) proíbe terceirizar a
atividade-fim da empresa. Por exemplo, um banco não pode terceirizar os
atendentes do caixa.
Fonte:
Correio do Povo
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