Conforme investigação, menina de 12 anos praticava bullying
com a vítima
Velório da estudante morta em escola foi
marcado por emoção e inconformismo | Foto: Mauro Schaefer
O titular
da 1ª Delegacia de Polícia (DP) de Cachoeirinha, delegado Leonel Baldasso,
enviará nesta quarta-feira à Justiça o inquérito sobre a morte da estudante Marta Avelhaneda Gonçalves, 14 anos,
dentro de uma sala de aula na Escola Estadual de Ensino Básico Luiz de Camões,
no bairro Bom Princípio. Ele concluiu que uma colega da vítima, de 12 anos, foi
a responsável pela morte por estrangulamento.
“Estou
responsabilizando-a por homicídio intencional”, explicou, acrescentando que
caberá agora ao Ministério Público e ao Poder Judiciário quais as medidas
socio-educativas que devem ser aplicadas. As outras colegas que estavam junto
no momento da briga ficaram de fora do procedimento especial de adolescente
infrator, não sendo enquadradas no crime. O delegado Leonel Baldasso disse que
a menina de 12 anos não demonstrou arrependimento e manteve-se “tranquila”
mesmo sabendo da morte da vítima.
Conforme
a investigação apurou nas diligências e nas mais de duas dezenas de
depoimentos, a menina de 12 anos vinha implicando e praticando bullying com a
vítima desde o início do ano letivo. No dia 8, dentro da sala de aula, ocorreu
então uma briga entre as duas. A vítima, que era por exemplo chamada de “feia”
e “balão”, caiu no chão na briga e a menina de 12 anos sentou-se em cima dela,
estrangulando-a com as mãos “com uma força incomum”. Depois a mesma pediu para
as demais que mentissem e dissessem que a vítima tinha sofrido um mal súbito.
O titular
da 1ª DP de Cachoeirinha observou, porém, que a farsa foi derrubada já em
seguida com os laudos periciais apontando asfixia como causa da morte. O
testemunho de quem estava no local também foi considerado fundamental para o
esclarecimento da autoria do crime.
Fonte:
Correio do Povo
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