Relator de ação argumentou que não há "recusa deliberada
do governador em não pagar salários"
Relator de ação argumentou que não há
"recusa deliberada do governador em não pagar salários"
Foto: Guilherme Testa / CP Memória
O
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) negou pedido de intervenção
federal no Rio Grande do Sul. Por unanimidade, os desembargadores do Órgão
Especial recusaram a ação do Sindicato dos Técnicos Científicos do RS
(Sintergs), nesta segunda-feira, durante a primeira sessão do Órgão Especial de
2017.
A
entidade afirmou que, apesar das decisões judiciais já proferidas, proibindo o
parcelamento dos salários dos servidores, o governo do Estado continua a não
pagar integralmente os vencimentos. Por conta disso, o Sintergs ingressou com
pedido de intervenção federal, com o encaminhamento ao Supremo Tribunal Federal.
Também em
julgamento realizado nesta segunda-feira, os Desembargadores do Órgão Especial
do TJRS decidiram por unanimidade não conhecer o mandado de segurança impetrado
por Letícia de Souza Furtado contra o Deputado Estadual Edson Brum, então
Presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, ao negar
admissibilidade do pedido de impeachment de Sartori. Ela alegou vício de
"omissão".
Ainda em
outubro, o relator do processo, desembargador Francisco José Moesch, votou por
negar o pedido. Na ocasião, foi pedido vista do processo. Nesta segunda-feira,
foi concluído o julgamento.
Segundo o
desembargador Moesch, o Supremo Tribunal Federal já firmou posicionamento no
sentido de que somente o descumprimento voluntário e intencional de ordem ou
decisão judicial enseja a intervenção. "Não verifico haver recusa
deliberada do Governador do Estado (José Ivo Sartori) em cumprir as decisões
judiciais relativas à determinação de pagamento integral dos salários/proventos
dos servidores filiados ao Sindicato representante", justificou o relator.
O
magistrado também argumentou que "a crise financeira no Estado é notória,
a qual vem ocasionando o parcelamento dos salários dos servidores por vários
meses seguidos". Também comentou que "muitas medidas vêm sendo
tomadas visando equilibrar as contas. Porém, até o momento, isso não foi
possível".
Fonte:
Correio do Povo
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