Segundo a Defesa Civil, no entanto, ninguém chegou a ficar
desabrigado.
Segundo a Defesa Civil, no entanto, ninguém
chegou a ficar desabrigado | Foto: Guilherme Testa
Cerca de
meia hora. Este foi o tempo de chuva necessário para revirar a vida de famílias
de Campo Bom. Uma enxurrada, que começou no final da tarde de domingo, causou
danos materiais para moradores de diversos bairros do município. Segundo a
Defesa Civil, no entanto, ninguém chegou a ficar desabrigado.
Ao entrar
na cidade na manhã seguinte, as primeiras ruas, já secas, sequer passavam a
imagem de terem sido atingidas por um temporal. Mas ao chegar nos bairros mais
próximos do Arroio Schmidt, que transbordou, os estragos nas residências já
começavam a aparecer.
Em uma
casa localizada nos fundos de uma transportadora de uma indústria de calçados,
três veículos ficaram soterrados pelo muro da empresa, que veio abaixo com o
incidente. O proprietário dos carros, Eugênio Silveira, que utilizava um dos
automóveis para trabalhar, disse que jamais tinha sofrido tanto com uma
tempestade. Ele e a família já fizeram contato com a empresa para tentar
contornar o prejuízo.
Perto
dali, na rua Bruno Werne Storck, localizada no bairro Canudos, algumas famílias
precisavam utilizar rodos para retirar a água ainda na manhã de ontem. Assim
foi na casa de Elides dos Santos, que mora no local com o marido e com o filho.
Apesar de a água ter baixado em cerca de 30 minutos, ela atingiu o interior do
imóvel, danificando vários objetos, como roupas e colchões. De acordo com ela,
eles sempre são prejudicados quando ocorrem fortes chuvas.
Na mesma
rua, outros moradores colocavam móveis para a parte de fora e também seguiam
varrendo a água para fora. Celso Jung, por exemplo, conseguiu erguer parte de
seus pertencer para uma estrutura de madeira improvisada próxima ao teto da
casa. Mesmo assim, teve móveis e o carro pessoal estragado pela água.
O bairro
Operária foi um dos mais atingidos. Na esquina das ruas Eucalipto e Bom Jesus,
a casa de Leandro da Silva ficou sem o muro da frente. Duas árvores - pés de
canela - também foram arrancadas do solo devido ao temporal.
No mesmo
bairro, na rua Jacarandá, Jéferson Martins lavava a frente da casa e tentava
arrumar o interior do imóvel. Segundo ele, a água ficou na altura da canela e
danificou a lavanderia e o quarto, deixando um armário quebrado. Morador do
local há quatro anos, ele contou que foi pelo menos a terceira vez que a casa
ficou alagada devido a falta de escoamento das fortes chuvas. Segundo ele, em
cerca de dez minutos a água já havia inundado o imóvel, que ficou assim por
aproximadamente 40 minutos. “E depois, ficou a bagunça”, completou.
De acordo
com o coordenador da Defesa Civil do município, Paulo Silveira, não se cogita
declarar situação de emergência, em virtude de terem sido danos materiais.
Vários bairros, no entanto, foram atingidos. Além do Canudos, do Operária e do
25 de Julho, a chuva prejudicou moradores dos bairros Vila Rica, Rio Branco,
Bela Vista, Vila Nova, Imigrante e parte do Centro.
Henrique Massaro
Correio do Povo
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