Suspeitos financiavam grupos criminosos que
praticavam roubos de carga e receptação
Um
delegado e um comissário aposentado são alvos de uma operação deflagrada na
manhã desta terça-feira pelo Ministério Público e pela Polícia Civil. A
ofensiva, chamada de Financiador, investiga crimes de lavagem de dinheiro,
quebra de sigilo funcional e organização criminosa.
De
acordo com as investigações, por meio de conta corrente de terceiros e de
empresas de fachada, o delegado de Polícia, identificado como Omar Abud,
responsável pela 17ª Delegacia de Polícia, e o comissário aposentado Luís Mello
Gonçalves financiavam grupos criminosos que praticavam roubos de carga,
receptação e estelionatos. Em contrapartida, os investigados recebiam parte dos
lucros da atividade criminosa. Foi apurada a lavagem de R$ 1,1 milhão.
As
investigações foram iniciadas em novembro de 2016 e são um desdobramento do
caso em que o Ministério Público denunciou integrantes de uma organização
criminosa que praticava lavagem de dinheiro em um supermercado de Alvorada.
Mais
três pessoas são investigadas e será imposta fiança para responderem em
liberdade. A ação do Ministério Público e da Polícia Civil também
indisponibiliza quatro veículos de luxo e apartamentos dos investigados em
Porto Alegre, Capão da Canoa e Xangri-Lá.
O
delegado preso hoje durante operação foi o mesmo que indiciou jornalista detido
em junho do ano passado, em protesto na Secretaria Estadual da Fazenda, em
Porto Alegre. Em julho, Omar Abud encaminhou ao Ministério Público o
inquérito que investigou a ocupação do prédio da Secretaria Estadual da Fazenda
(Sefaz), em junho, em Porto Alegre. De acordo com o documento, dez pessoas
foram indiciadas no caso, incluindo o repórter do jornal Já, Matheus Chaparini,
e o cineasta independente Kevin D’arc.
No mês
de dezembro, Abud recebeu salário bruto de R$ 22,4 mil.
Fonte:Eduardo Paganella / Rádio Guaíba
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