Tarcísio Zimmermann qualificou projeto do governo do
presidente Michel Temer como "equação de perdedores"
Líder do PT diz que plano de recuperação fiscal
é armadilha de curto prazo
Foto: Marcelo Bertani / Agência ALRS / CP
Líder
partidário do PT na Assembleia Legislativa, o deputado Tarcísio Zimmermann
qualificou o modelo do plano de recuperação fiscal, idealizado pelo governo de
Michel Temer (PMDB), como “equação de perdedores”. Para ele, condicionar
socorro financeiro mediante imposição de medidas que penalizam a sociedade e
renúncia de patrimônio público, representa “austericídio”.“Vender patrimônio,
sendo o Banrisul ou outra empresa pública, sem modificar estruturalmente a
relação da dívida do Estado com a União, é estratégia rasa e não resolverá os
problemas", disse Zimmermann.
Zimmermann
considera que o plano o qual tem sido articulado entre Temer e o governador
José Ivo Sartori (PMDB) “não passa de política de curtíssimo prazo”. “Até
podemos admitir que poderá aliviar, circunstancialmente, algumas questões, como
parcelamento de salários, mas deixará o Estado mais pobre e com os mesmos
problemas da atualidade. Isso já fracassou pelas mãos do governo Antônio Britto
(PMDB)”, comparou.
Oposição
articula reação
A
oposição ao governador José Ivo Sartori (PMDB) na Assembleia promete
intensificar o enfrentamento às medidas do Piratini que ainda aguardam a
apreciação no Parlamento. De acordo com o Zimmermann, a estratégia se
concentrará em ampliar os votos de oposição e prolongar a discussão para
envolver a sociedade. “Vamos endurecer o debate para bloquear as votações,
forçando o governo a negociar os termos do projeto, mediando o seu interesse e
o real interesse de sociedade”, indicou.
Zimmermann
contou que lideranças do PT, PCdoB e PSol, estão, agora, articulando
estratégias com os deputados de outras siglas, que manifestaram posições
discordantes sobre as propostas de Sartori. “Temos mantido conversas com
deputados da Rede, do PDT e do PTB para impedirmos os danos desse pacote como o
fizemos em dezembro”, concluiu.
Fonte:
Correio do Povo
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