Prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e secretários municipais
da região Celeiro reúnem-se com secretário da agricultura para buscar
alternativas para o setor leiteiro - Foto: Bethânia Helder / Secretaria da
Agricultura e Pecuária
Na tarde de quarta-feira (21), o secretário estadual da
agricultura e pecuária, Ernani Polo ouviu prefeitos, vice-prefeitos, vereadores
e secretários dos municípios da região Celeiro que relataram a situação de
produtores de leite que pensam em deixar o campo por não conseguirem mais sanar
suas dívidas.
Para o secretário,
gestionar junto aos Ministérios da Agricultura e Desenvolvimento Agrário
e à Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), a aquisição de leite em
pó seria uma saída para escoar o estoque: “Com a redução de estoque, se
possibilitaria que as indústrias produzissem mais, regulando o mercado e
evitando a redução de preços ao produtor. Vamos fazer uma agenda positiva para
aumentarmos o consumo do nosso leite, que com a fiscalização, teremos um produto
com mais qualidade, pois houve uma retração no consumo após as fraudes
ocorridas. Esses crimes graves contra a saúde pública acabaram por prejudicar a
produção de modo geral”, explicou.
A relevância
socioeconômica da atividade leiteira está relacionada diretamente à
sustentabilidade das pequenas propriedades rurais. A atividade também ajuda, em
função da renda regular e mensal, na minimização do êxodo rural. No Rio Grande
do Sul, a cadeia tem representatividade do ponto de vista social: mais de 120 mil
famílias dependem da cultura. A produção gira em torno de 12,3 milhões de
litros/dia. O Estado tornou-se a segunda bacia leiteira do país, produzindo
mais de quatro bilhões de litros por ano e registrando 12,5% de participação no
mercado nacional.
Durante a audiência foi
levantada também a hipótese da criação de uma linha de crédito especial:
“Estamos encaminhando, junto a órgãos federais, a possibilidade de criar uma
linha de crédito especial/emergencial através do PRONAF, para esses produtores
prejudicados que não receberam o pagamento pelo seu produto, a exemplo do que
foi feito no caso da estiagem. Estaremos encaminhando essa proposta ao
Ministério de Desenvolvimento Agrário em conjunto com a Secretaria do
Desenvolvimento Rural, Fetag, Farsul e Famurs. Isto depende de uma
decisão política do governo federal e aprovação dessa linha pelo conselho
monetário nacional, mas é o que tentaremos”, esclareceu o secretário Ernani
Polo.
Outra ação levantada no
encontro foi a negociação, das empresas que devem aos produtores para que façam
o pagamento. “Vamos fazer uma ação conjunta com entidades do setor para
pressionar pelo pagamento”, destacou o secretário.
Estavam presentes
representantes dos municípios de Esperança do Sul, Sede Nova, Barra do Guarita,
Tenente Portela, Braga, Coronel Bicaco, Humaitá, Bom Progresso, Crissiumal,
Derrubadas, Campo Novo Chiapetta, Inhacorá, Miraguaí, Tiradentes do Sul.
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