“A direção reconhece e reitera a compreensão
e apoio dos colaboradores, médicos e fornecedores, mas não podemos mais
continuar nesta situação, estamos a beira da falta de medicamentos e materiais
básicos para rotina do hospital. Estaremos enviando um comunicado oficial ao
Ministério Público, Poder Executivo e Legislativo Municipal e Estadual
informando da nossa decisão”, salientou o presidente da AHCI, Claudio Matte
Martins.
Após reunião
extraordinária entre diretoria e corpo clínico do HCI no dia 26, que teve como
pauta a atual situação do hospital diante dos atrasos nos repasses dos
valores de prestação de serviços e incentivos federais e estaduais
anteriores a dezembro de 2014, e da não previsão de recebimento
dos mesmos, houve o consenso de suspender os atendimentos eletivos SUS em
todos os setores do hospital, com exceção dos casos de urgência e
emergência.
A situação se agravou após
as declarações dadas pelo secretário da Saúde, Dr. Gabbardo de que não há
garantia de pagamento dos valores contratualizados pelos hospitais devido a
falta de recursos orçamentários.
Soma-se a isso, o decreto
nº 52.230 do governador Sartori, publicado no Diário Oficial do Estado em
5 de janeiro, suspendendo pagamentos a fornecedores por 180 dias, restringindo
ainda mais os gastos do governo.
A paralisação inicia nesta
segunda (02) e segue por tempo indeterminado, ou até que ocorra
a regularização total dos valores em atraso que, mesmo tendo sido pagos em
parte em janeiro, ainda somam R$ 8,9 milhões.
Apesar de várias
tentativas de contato pela direção através de envio de documentos,
audiências com a Secretaria de Saúde, e também da intervenção da Federação das
Santas Casas do RS, não houve uma contrapartida por parte do governo para
solução deste impasse.
O principal comprador de
serviços do Caridade é o SUS, porém a defasagem nas tabelas de remuneração
não permite que o hospital faça reservas financeiras, muito menos suporte
atrasos ou absorva valores não recebidos pela prestação dos serviços.
Fonte:
PORTAL IJUHY.COM
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