Governo não repassa o pagamento do Sistema Único de
Saúde ao HCI desde o ano passado.
O Hospital de Caridade de Ijuí é referência
para 120 municípios. É um dos maiores centros de atendimento de oncologia e
cardiologia do interior do estado. Porém, sem o repasse das verbas do SUS, a
instituição não consegue pagar os fornecedores e os atendimentos podem sofrer
alterações. Pelo SUS, somente os atendimentos de urgência e emergência serão
mantidos pois são casos de vida ou morte.
O presidente do Hospital
de Caridade de Ijuí, Cláudio Matte Martins esclareceu a imprensa na manhã desta
quinta-feira, 22, que o hospital não tem a intensão de reduzir os atendimentos
via SUS.
"Nós temos um
contrato até agosto. Não se mexe no contrato. Venceu em maio de 2014, que por
incompetência da secretaria de Saúde só foi renovado depois de 60 dias. Pode
ser que a partir de agosto mude alguns atendimentos. O governo está devendo
dinheiro para o HCI, mas não vamos parar de atender, aguardamos o
pagamento", explicou o presidente.
Na quarta-feira já
aconteceu uma reunião do HCI, já que a situação do hospital em função dos
atrasos no repasse do SUS não é das melhores.
Há dívidas com
fornecedores, porém o salário dos funcionários está em dia.
"Não entrou nenhum
pagamento para nós para a prestação de serviços e isto está nos criando um
grande problema. Estamos num momento crítico.
Recebemos um calote do
governo anterior e agora não conseguimos falar com o novo governo",
desabafou o presidente.
Por enquanto, os R$ 2
milhões que foram prometidos pelo Estado ao HCI pelo governo não foram
pagos.
"Se não houver
pagamento não poderemos mais atender os municípios que vem de fora, vamos ter
que parar. Para isso precisamos receber, temos que ter dinheiro em caixa",
concluiu Cláudio, que enfatizou que urgência e emergência vão continuar sendo
atendidos pois são casos de vida ou morte.
Cruz Alta
O Hospital São Vicente de
Paula, em Cruz Alta, um hospital de referência para aquela região, já não está
mais realizando atendimentos pelo SUS em função do corte de verbas.
Sem poder pagar os
funcionários, os fornecedores e os médicos, o HSVP vive uma das suas piores crises
financeiras, tendo adquirido vários empréstimos para deixar a folha de
pagamento em dia.
Porém, agora a situação
ficou insustentável e até mesmo alguns serviços como atendimento a
traumatologias, foram suspensas.
Fonte:
PORTAL IJUHY.COM
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