Seguranças armados escoltaram as máquinas
A notícia de que disparos de arma de
fogo foram efetuados para tentar impedir a colheita da soja na propriedade da
Família Bee em Três Pinheiros, Sananduva, repercutiu nos principais meios de
comunicação e a matéria foi veiculada em rede estadual de televisão.
Em entrevista a nossa reportagem,
Cláudio Bee, Presidente do Sindicato Rural de Tapejara e um dos proprietários
da fazenda, detalhou o clima de guerra que se instalou no local.
A área possui 220 hectares e ao lado
da estrada de terra, 80 famílias aguardam acampadas à criação de um
assentamento. Esta semana o confronto se agravou. Enquanto os trabalhadores
realizavam a colheita, a máquina foi alvo de tiros. Foram várias perfurações, o
para-brisa da máquina foi destruído.
De acordo com Cláudio, os tiros
teriam saído da mata próxima ao acampamento dos Sem Terra e esta não foi à
primeira vez que incidentes como este acontecem.
No domingo (16), bombeiros da região,
inclusive os Bombeiros Voluntários de Tapejara ajudaram a apagar o fogo que
provocou a destruição de 20 hectares de lavoura. Segundo o produtor, a origem
do fogo teria sido criminosa e provocada pelas mesmas pessoas que atiraram
contra a máquina.
Cláudio já registrou 12 boletins de
ocorrência. Ele pediu apoio da Brigada Militar e ainda precisou contratar uma
escolta armada para concluir a colheita. Mesmo assim o caminhão que ajudava na
colheita foi atingido por pedras, quando passava ao lado do acampamento.
- "Nós estamos vivendo uma
situação que se não forem tomadas providências, vão ter que vir contar os
cadáveres aqui, seja de um lado ou do outro"-, disse Cláudio em entrevista
a TV.
Para a nossa reportagem comentou - “O
governo é conivente, apoia e vai continuar apoiando esses grupos com dinheiro
público” .
Os integrantes do movimento estão no
local há quatro meses. Eles reivindicam o assentamento de 80 famílias na mesma
área da fazenda de Cláudio, mas dizem que não existe escritura que ateste que a
terra tem dono.
Os líderes do movimento não quiseram
dar entrevista. Em conversa informal, eles negam qualquer envolvimento com as
ações criminosas.
A Polícia Civil de Sananduva abriu
inquérito e está investigando o caso.
Fonte/Fotos:
Rádio Tapejara
POLÍCIA
| 28/03/2014 15h04
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