domingo, 30 de março de 2014

Cláudio Bee fala do clima de guerra em Três Pinheiros, Sananduva.


   Seguranças armados escoltaram as máquinas

A notícia de que disparos de arma de fogo foram efetuados para tentar impedir a colheita da soja na propriedade da Família Bee em Três Pinheiros, Sananduva, repercutiu nos principais meios de comunicação e a matéria foi veiculada em rede estadual de televisão.

Em entrevista a nossa reportagem, Cláudio Bee, Presidente do Sindicato Rural de Tapejara e um dos proprietários da fazenda, detalhou o clima de guerra que se instalou no local.

A área possui 220 hectares e ao lado da estrada de terra, 80 famílias aguardam acampadas à criação de um assentamento. Esta semana o confronto se agravou. Enquanto os trabalhadores realizavam a colheita, a máquina foi alvo de tiros. Foram várias perfurações, o para-brisa da máquina foi destruído.

De acordo com Cláudio, os tiros teriam saído da mata próxima ao acampamento dos Sem Terra e esta não foi à primeira vez que incidentes como este acontecem.

No domingo (16), bombeiros da região, inclusive os Bombeiros Voluntários de Tapejara ajudaram a apagar o fogo que provocou a destruição de 20 hectares de lavoura. Segundo o produtor, a origem do fogo teria sido criminosa e provocada pelas mesmas pessoas que atiraram contra a máquina.

Cláudio já registrou 12 boletins de ocorrência. Ele pediu apoio da Brigada Militar e ainda precisou contratar uma escolta armada para concluir a colheita. Mesmo assim o caminhão que ajudava na colheita foi atingido por pedras, quando passava ao lado do acampamento.

- "Nós estamos vivendo uma situação que se não forem tomadas providências, vão ter que vir contar os cadáveres aqui, seja de um lado ou do outro"-, disse Cláudio em entrevista a TV.

Para a nossa reportagem comentou - “O governo é conivente, apoia e vai continuar apoiando esses grupos com dinheiro público” .

Os integrantes do movimento estão no local há quatro meses. Eles reivindicam o assentamento de 80 famílias na mesma área da fazenda de Cláudio, mas dizem que não existe escritura que ateste que a terra tem dono.

Os líderes do movimento não quiseram dar entrevista. Em conversa informal, eles negam qualquer envolvimento com as ações criminosas.

A Polícia Civil de Sananduva abriu inquérito e está investigando o caso.









Fonte/Fotos: Rádio Tapejara
POLÍCIA | 28/03/2014 15h04

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