Criminosos abateram novilhos
para roubar carne na Região da Campanha.
Polícia admite
que problema é crônico na região; 3 grupos são investigados.
Criminosos fugiram com
pedaços de carnes nobres (Foto: Felipe Guerra Fischer/Arquivo Pessoal)
Pela terceira vez em menos de três anos,
uma fazenda foi alvo de assaltantes que queriam roubar carne no Rio Grande do
Sul. Segundo o proprietário do local, o crime ocorreu na madrugada de sábado
(15), quando sete novilhos foram abatidos com tiros de revólver calibre 22 na
cabeça, em uma área no limite dos municípios de Santana
do Livramento e Dom Pedrito.
Até o início da tarde desta quarta (19),
nenhum suspeito havia sido preso. “Eles retiraram a carne no local mesmo. Os
animais eram novos, tinham menos de dois anos e meio, facilitando a ação
deles”, detalhou ao G1 o dono da fazenda, o médico
veterinário e pecuarista Felipe Guerra Fischer, de 45 anos. Segundo ele, os
autores do crime retiraram apenas partes consideradas "nobres" do
gado, como o quarto, o lombo e a manta da costela e deixaram para trás os
restos dos animais.
“A polícia diz não ter efetivo para a
patrulha rural e priorizam as regiões com mais ocorrências. Mas no dia a dia
ficam sem patrulhamento. Faltam viaturas. É um problema de estado”, reclamou
Fischer.
Designado para investigar crimes de
abigeato na Delegacia de Santana do Livramento, o inspetor Dawson Rodrigues
Gonçalves reconheceu que o número de casos cresce na região e reclamou da
legislação. “Estão cada vez mais organizados. Há três ou quatro quadrilhas na
região. O problema é que não conseguimos mandados judiciais para entrar em propriedades
e obter flagrantes".
De acordo com o policial, normalmente, os
animais são levados vivos para outras propriedades nas ocorrências de abigeato.
“Animais são guardados em outras fazendas. E muitos locais são arrendamentos
não formalizados, o que dificulta. Em Santana do Livramento, tivemos
recentemente cinco mandados, que pediam a entrada da polícia em fazendas
suspeitas, foram negados pela Justiça. Sem flagrantes, fica difícil”, diz
Gonçalves.
Fonte: Do G1 RS
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