Tensão toma conta de Jaquirana após prisões por
crime eleitoral
Crédito: Vinicius Rorato
Crédito: Vinicius Rorato
A
cidade de Jaquirana passou uma quinta-feira tensa, após a prisão, na quarta, de
três suspeitos de compra de votos nas eleições municipais, entre eles o
filho do prefeito reeleito, o cunhado do prefeito (que se elegeu vereador
pela terceira vez) e o coordenador da campanha da coligação formada por PP,
PMDB, PPS e Dem. Os três estão no presídio de Vacaria e devem permanecer lá ao
menos até segunda-feira, pois tiveram um
habeas corpus negado pelo Tribunal Regional Eleitoral. Grande parte dos
moradores reclama da ação da Polícia Civil, que interceptou ligações
telefônicas dos suspeitos, durante cerca de dois meses, a partir de uma
denúncia anônima.
O delegado da Polícia Civil Flademir Paulino de Andrade informou nesta quinta que os “grampos” foram colocados também nos telefones de membros dos partidos de oposição na cidade (PDT, PT e PTB). “Só que nas ligações deles não foram constatadas irregularidades eleitorais”, relata. Segundo ele, a cidade sempre sofreu com esse tipo de crime eleitoral.
Além dos três presos, outras pessoas foram gravadas. Entre elas estão dois vereadores eleitos na cidade, que aparecem nas gravações comprando votos diretamente ou através de intermediários. “É uma quadrilha. Cada pessoa tinha uma função pré-determinada. Na linha de frente, os que iam a campo fazer a negociação criminosa, foram presos.”
Os eleitores que aparecem nas gravações oferecendo seu voto para venda serão intimados a depor a partir da próxima semana. “Para algumas pessoas poderá ser oportunizada a delação premiada”, afirmou o delegado. Caso os acusados decidam contribuir com a Justiça e sejam réus primários, poderão ficar isentos de eventual pena de corrupção eleitoral passiva, que poderia render quatro anos de reclusão.
Com cerca de 4 mil habitantes, Jaquirana tem como principal atividade econômica a indústria madeireira. A maior empresa, um dos 15 locais em que a Polícia Civil fez apreensões, pertence à família do prefeito reeleito, Ivanor Rauber. O dono da outra madeireira da cidade seria um dos principais financiadores da campanha do prefeito. Ele foi chamado nesta sexta a depor, pois, em uma das gravações, ele ameaça “dar um pau” em um candidato da coligação adversária após o pleito. Segundo o delegado, o promotor responsável pelo caso tentará cassar a candidatura do prefeito reeleito até o dia da diplomação, 11 de dezembro.
O delegado da Polícia Civil Flademir Paulino de Andrade informou nesta quinta que os “grampos” foram colocados também nos telefones de membros dos partidos de oposição na cidade (PDT, PT e PTB). “Só que nas ligações deles não foram constatadas irregularidades eleitorais”, relata. Segundo ele, a cidade sempre sofreu com esse tipo de crime eleitoral.
Além dos três presos, outras pessoas foram gravadas. Entre elas estão dois vereadores eleitos na cidade, que aparecem nas gravações comprando votos diretamente ou através de intermediários. “É uma quadrilha. Cada pessoa tinha uma função pré-determinada. Na linha de frente, os que iam a campo fazer a negociação criminosa, foram presos.”
Os eleitores que aparecem nas gravações oferecendo seu voto para venda serão intimados a depor a partir da próxima semana. “Para algumas pessoas poderá ser oportunizada a delação premiada”, afirmou o delegado. Caso os acusados decidam contribuir com a Justiça e sejam réus primários, poderão ficar isentos de eventual pena de corrupção eleitoral passiva, que poderia render quatro anos de reclusão.
Com cerca de 4 mil habitantes, Jaquirana tem como principal atividade econômica a indústria madeireira. A maior empresa, um dos 15 locais em que a Polícia Civil fez apreensões, pertence à família do prefeito reeleito, Ivanor Rauber. O dono da outra madeireira da cidade seria um dos principais financiadores da campanha do prefeito. Ele foi chamado nesta sexta a depor, pois, em uma das gravações, ele ameaça “dar um pau” em um candidato da coligação adversária após o pleito. Segundo o delegado, o promotor responsável pelo caso tentará cassar a candidatura do prefeito reeleito até o dia da diplomação, 11 de dezembro.
Fonte: Fernanda Pugliero / Correio do Povo
Atualizado em 01/11/2012 23:12
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