Denarc apreendeu 19 botijões com cerca de 13 kg
de clorodifluormetano cada um
Crédito: Denarc / Divulgação / CP
Crédito: Denarc / Divulgação / CP
O
novo lança-perfume, apelidado de "sucesso" e comercializado em
danceterias e raves, é fabricado também no Rio Grande do Sul. A descoberta foi
feita pela equipe do delegado Mário Souza, titular da 1 Delegacia de
Investigação do Narcotráfico, do Departamento Estadual de Investigações do
Narcotráfico (Denarc). Sete pessoas suspeitas de envolvimento na produção do
entorpecente foram investigadas e serão indiciadas. "É o crack das drogas
sintéticas", compara o delegado.
O sucesso é produzido a partir dos gases diclorofluoretano ou clorodifluormetano, usados em produtos de limpeza ou refrigeração, de eletrônicos, ar-condicionados e refrigeradores. Cada dose é vendida em média a R$ 30,00, dentro de frascos de lança-perfume ou em tubos reciclados de desodorante e desodorizador de ambiente. Esses últimos são chamados de pinguins, por estarem guardados em geladeiras.
A fábrica clandestina foi descoberta em uma casa, em Gravataí. No local, os agentes do Denarc apreenderam 19 botijões, com cerca de 13 kg de clorodifluormetano cada um. Os recipientes exibiam o nome de uma empresa fornecedora de gases, de Vitória (ES). A compra dos produtos, porém, requer cadastro e autorização do Ibama.
Na moradia, os policiais civis também recolheram mais de 50 tubos, alguns cheios de sucesso; 100 frascos vazios; uma pequena prensa; cinco bicos injetores; dois frascos de essência líquida, no sabor maçã, com 960 ml cada; e convites e pulseiras de festas raves. Um botijão e um tubo foram enviados para análise do Instituto-Geral de Perícias (IGP).
Os produtos são injetados nos frascos para serem inalados ou ingeridos com bebidas alcoólicas. Segundo Mário Souza, a "produção é mais barata, e o lucro, maior". As substâncias não são reconhecidas como entorpecentes pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério da Saúde.
"Sucesso" apreendido na Capital
Na Capital, três universitários de classe média alta foram flagrados pelo Denarc. Houve a apreensão de 110 comprimidos de ecstasy, dez pontos de LSD, três tubos de lança-perfume e 19 frascos da nova droga, além de cartuchos de calibre 45 e dinheiro. Foi recolhido ainda um Mitsubishi ASX 2012, roubado de um empresário de Caxias do Sul e avaliado em R$ 100 mil.
O Denarc irá propor a classificação dos produtos usados ilegalmente na fabricação do sucesso como substâncias entorpecentes. O pedido será enviado ao Ministério da Saúde. Segundo o delegado Mário Souza, a medida trará mais rigor na comercialização e permitirá o enquadramento criminal de quem for flagrado com as substâncias, sobretudo na produção de drogas. Para ele, a dependência física ou psíquica dos produtos é suficiente para que sejam incluídos na lista de entorpecentes.
Investigação começou em 2011
As investigações do Denarc começaram em meados de 2011, com a apreensão de 1,5 litro de "um líquido incolor e leve odor etéreo", na Operação Tubarão Azul, voltada às drogas sintéticas, em Porto Alegre. Os agentes desconfiaram da substância desconhecida, apreendida com LSD e ecstasy. Uma amostra foi enviada ao IGP, que constatou tratar-se do diclorofluoretano.
O sucesso é produzido a partir dos gases diclorofluoretano ou clorodifluormetano, usados em produtos de limpeza ou refrigeração, de eletrônicos, ar-condicionados e refrigeradores. Cada dose é vendida em média a R$ 30,00, dentro de frascos de lança-perfume ou em tubos reciclados de desodorante e desodorizador de ambiente. Esses últimos são chamados de pinguins, por estarem guardados em geladeiras.
A fábrica clandestina foi descoberta em uma casa, em Gravataí. No local, os agentes do Denarc apreenderam 19 botijões, com cerca de 13 kg de clorodifluormetano cada um. Os recipientes exibiam o nome de uma empresa fornecedora de gases, de Vitória (ES). A compra dos produtos, porém, requer cadastro e autorização do Ibama.
Na moradia, os policiais civis também recolheram mais de 50 tubos, alguns cheios de sucesso; 100 frascos vazios; uma pequena prensa; cinco bicos injetores; dois frascos de essência líquida, no sabor maçã, com 960 ml cada; e convites e pulseiras de festas raves. Um botijão e um tubo foram enviados para análise do Instituto-Geral de Perícias (IGP).
Os produtos são injetados nos frascos para serem inalados ou ingeridos com bebidas alcoólicas. Segundo Mário Souza, a "produção é mais barata, e o lucro, maior". As substâncias não são reconhecidas como entorpecentes pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério da Saúde.
"Sucesso" apreendido na Capital
Na Capital, três universitários de classe média alta foram flagrados pelo Denarc. Houve a apreensão de 110 comprimidos de ecstasy, dez pontos de LSD, três tubos de lança-perfume e 19 frascos da nova droga, além de cartuchos de calibre 45 e dinheiro. Foi recolhido ainda um Mitsubishi ASX 2012, roubado de um empresário de Caxias do Sul e avaliado em R$ 100 mil.
O Denarc irá propor a classificação dos produtos usados ilegalmente na fabricação do sucesso como substâncias entorpecentes. O pedido será enviado ao Ministério da Saúde. Segundo o delegado Mário Souza, a medida trará mais rigor na comercialização e permitirá o enquadramento criminal de quem for flagrado com as substâncias, sobretudo na produção de drogas. Para ele, a dependência física ou psíquica dos produtos é suficiente para que sejam incluídos na lista de entorpecentes.
Investigação começou em 2011
As investigações do Denarc começaram em meados de 2011, com a apreensão de 1,5 litro de "um líquido incolor e leve odor etéreo", na Operação Tubarão Azul, voltada às drogas sintéticas, em Porto Alegre. Os agentes desconfiaram da substância desconhecida, apreendida com LSD e ecstasy. Uma amostra foi enviada ao IGP, que constatou tratar-se do diclorofluoretano.
Fonte: Álvaro Grohmann / Correio do Povo
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