A Polícia Federal,
enfim, localizou Carmem Kieckhofer Topschall, 47 anos. A gaúcha apontada como
principal suspeita nos casos de adoções supostamente irregulares no sertão da
Bahia, segundo seu advogado, vai comparecer na próxima sessão da CPI do Tráfico
de Pessoas, na Câmara dos Deputados, em Brasília, terça-feira.
A prisão de Carmem
havia sido pedida pelos deputados depois de duas semanas sem atender à
convocação para depor. De acordo com o deputado paraense Arnaldo Jordy, que
preside a comissão, o depoimento dela é essencial para que as investigações,
que começaram pela Justiça da Bahia e devem ser prosseguidas também pela
Polícia Federal, evoluam além dos casos constatados no município de Monte Santo
(BA).
- O objetivo da CPI é
investigar todos os aspectos da vida dela. Ela é considerada peça-chave em
casos de adoções irregulares, mas há suspeitas de que exista efetivamente uma
rede de tráfico de crianças articulada no país - disse o deputado.
Natural de Gravataí,
em 1999 Carmem era vizinha da família do menino Gabriel Guimarães Nogueira, que
tinha cinco anos e desapareceu no dia 13 de novembro daquele ano. A partir da
desconfiança de que ela possa ter algum envolvimento no caso, a polícia deve reabrir
o inquérito.
Juiz não descarta vaivém de crianças
Para o juiz Luis
Roberto Cappio, que investiga o caso em Monte Santo (BA), durante todos os anos
em que estaria envolvida com o esquema de adoções na Bahia, a suspeita mantinha
contatos com a Região Metropolitana de Porto Alegre. Ele não descarta que
crianças tenham sido levadas daqui para lá e também feito o caminho inverso.
Fonte:
Eduardo Torres / DIÁRIO GAÚCHO
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