José Eduardo Cardozo diz que prefere a morte a
cumprir pena no sistema brasileiro
Crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom / ABr / CP
Crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom / ABr / CP
O ministro
da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse terça-feira, em palestra a empresários,
que preferiria morrer a cumprir pena num presídio brasileiro. "Se fosse
para passar muitos anos na prisão, em alguns dos nossos presídios, eu
preferiria morrer", garantiu ao responder se apoiava a adoção da pena de
morte e da prisão perpétua no Brasil. "Entre passar anos num presídio
brasileiro e perder a vida, eu talvez preferisse perder a vida",
acrescentou, ao ser novamente indagado sobre o assunto pelos
jornalistas. Em seguida, o ministro disse ser contrário a ambas as penas,
explicando que é necessário melhorar o atual sistema prisional, ao invés de
adotar essas medidas.
Cardozo ressaltou ainda que as condições dos presídios brasileiros geram violações aos direitos humanos e que a pena de morte não teria eficácia como medida de combate à violência. "Do que nós precisamos? De um bom sistema, com reinserção social, e não prisão perpétua ou pena de morte", disse o ministro da Justiça, durante evento organizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide). "Temos um sistema prisional medieval, que não só desrespeita os direitos humanos como também não possibilita a reinserção", completou, explicando que falava como cidadão, e não como governante.
O ministro evitou comentar as penas definidas na segunda-feira pelo Supremo Tribunal Federal aos companheiros de partido, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-deputado José Genoino e o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares. "Como cidadão, tenho as minhas impressões. Mas, como ministro, não comentarei não só o mensalão como qualquer ação que o Judiciário julgue", afirmou.
Crime organizado
Depois de afirmar que a corrupção do aparelho do Estado é um entrave para o combate ao crime organizado, o ministro evitou comentar se este era o caso do Estado de São Paulo, que vem enfrentando uma onda de violência desde outubro. "Eu não vou fazer diagnósticos, seja por suposição seja por informação de inteligência. O que eu posso falar é que não existe crime organizado que não cresça sem desmando e sem corrupção", disse.
Cardozo afirmou ainda que, para combater essas organizações, os serviços de inteligência precisam ter "informações de todos os braços e tentáculos" das organizações criminosas. "Se tiver braço na estrutura do Estado, tem de ser enfrentado com vigor", completou o ministro, em encontro com jornalistas, após evento organizado pelo Grupo de Líderes Empresarias (Lide), na capital paulista.
O ministro da Justiça firmou na segunda-feira, com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, um termo de cooperação entre governo federal e estadual para colaborar no combate à criminalidade no Estado. Questionado se a demora do trabalho conjunto entre as duas esferas de governo agravou a situação paulista, Cardozo respondeu: "Para ler um livro, você vira a página. Eu começo a ler a página a partir do momento do telefonema do governador Geraldo Alckmin e da presidente Dilma Rousseff em que foi decidido que nós estaríamos trabalhando em conjunto. As páginas passadas já foram viradas". A presidente telefonou no último dia 1º para o governador para oferecer ajuda na segurança.
Cardozo ressaltou ainda que as condições dos presídios brasileiros geram violações aos direitos humanos e que a pena de morte não teria eficácia como medida de combate à violência. "Do que nós precisamos? De um bom sistema, com reinserção social, e não prisão perpétua ou pena de morte", disse o ministro da Justiça, durante evento organizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide). "Temos um sistema prisional medieval, que não só desrespeita os direitos humanos como também não possibilita a reinserção", completou, explicando que falava como cidadão, e não como governante.
O ministro evitou comentar as penas definidas na segunda-feira pelo Supremo Tribunal Federal aos companheiros de partido, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-deputado José Genoino e o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares. "Como cidadão, tenho as minhas impressões. Mas, como ministro, não comentarei não só o mensalão como qualquer ação que o Judiciário julgue", afirmou.
Crime organizado
Depois de afirmar que a corrupção do aparelho do Estado é um entrave para o combate ao crime organizado, o ministro evitou comentar se este era o caso do Estado de São Paulo, que vem enfrentando uma onda de violência desde outubro. "Eu não vou fazer diagnósticos, seja por suposição seja por informação de inteligência. O que eu posso falar é que não existe crime organizado que não cresça sem desmando e sem corrupção", disse.
Cardozo afirmou ainda que, para combater essas organizações, os serviços de inteligência precisam ter "informações de todos os braços e tentáculos" das organizações criminosas. "Se tiver braço na estrutura do Estado, tem de ser enfrentado com vigor", completou o ministro, em encontro com jornalistas, após evento organizado pelo Grupo de Líderes Empresarias (Lide), na capital paulista.
O ministro da Justiça firmou na segunda-feira, com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, um termo de cooperação entre governo federal e estadual para colaborar no combate à criminalidade no Estado. Questionado se a demora do trabalho conjunto entre as duas esferas de governo agravou a situação paulista, Cardozo respondeu: "Para ler um livro, você vira a página. Eu começo a ler a página a partir do momento do telefonema do governador Geraldo Alckmin e da presidente Dilma Rousseff em que foi decidido que nós estaríamos trabalhando em conjunto. As páginas passadas já foram viradas". A presidente telefonou no último dia 1º para o governador para oferecer ajuda na segurança.
Fonte: ESTADÃO conteúdo
Correio do Povo
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