Manuela está feliz, mas desconversa na hora de falar da vida
pessoal
Foto: Jean Schwarz / Zero Hora
Tomando pelo menos um litro de chá durante
uma conversa de pouco mais de uma hora na tarde da última quarta-feira, a
deputada Manuela D´Ávila (PCdoB) não transparecia qualquer tristeza por ter
perdido há um mês a disputa pela Prefeitura de Porto Alegre. Pelo contrário.
Manuela estava feliz e realizada. Na conversa que você vê transcrita abaixo,
Manuela fala da sua relação com o PT, dos motivos da vitória de Fortunati, de
Ana Amélia Lemos e do seu futuro político. Desconversa apenas quando
questionada sobre se está de namorado novo. Na segunda-feira retoma seu
trabalho na Câmara dos Deputados.
As perguntas que não foram feitas nesta
entrevista podem ser feitas diretamente a Manuela na próxima segunda-feira. Às
18h30 ela retoma a prática da twitcam.
A
imagem que a senhora tem apresentado no twitter desde que encerrou a campanha
eleitoral é de uma pessoa feliz, o que me faz crer que a senhora também
ganhou muita coisa ao longo da campanha. O que você ganhou com a derrota em
três de outubro?
Primeiro
eu não acho que tento passar uma visão a meu respeito. Nem visão alegre ou
triste. As pessoas interpretam os textos e postagens, que aliás são muito
diminutas que tenho feito, sobre temas não relacionados à política. A
primeira manifestação que fiz sobre política foi no dia da eleição e depois nas
véspera do segundo turno. As pessoas interpretam como elas enxergam o mundo.
Evidente que uma pessoa que disputa e entra na política ela tem que saber que
eleições se ganham e se perdem. E uma pessoa que entra em um partido político e
que acredita que a sociedade pode ser transformada e podemos ter um mundo mais
justo e mais humano, não pode ter o direito de se abalar frente a uma derrota
eleitoral.
Mas a senhora acreditava que essa derrota deste ano poderia se dar
na dimensão que ela se deu?
Numericamente?
Sim, numericamente.
Sim,
já vi casos de pessoas que cresceram de maneira avassaladora e que caíram de
maneira bastante grande. Não se entra em eleição para vislumbrar um determinado
resultado. Quem disputa eleição porque tem projeto de cidade e país, entra para
apresentar um projeto. Ele pode ser vencedor ou perdedor. A parte que me cabe é
recompor minhas energias para voltar ao meu trabalho de deputada federal. E
tenho uma característica que é minha, pessoal, e que ajuda e atrapalha, mas meu
esforço é de ser feliz. Se estamos felizes temos obrigação de se sentir feliz e
se estamos tristes, a gente tem que fazer esforço para voltar a ter felicidade.
Você se sente mais feliz hoje ou quando a a candidatura foi
homologada?
Hoje.
Porque tive a chance que pouquíssimas pessoas tiveram de concorrer a prefeita
de Porto Alegre.
Pela segunda vez.
Pela
segunda vez. Poucas pessoas têm a honra que tenho de representar as pessoas
desta cidade e conversar com elas. E eu aprendo nas vitórias e derrotas.
Evidente que eleitoralmente, seria um cinismo meu dizer o contrário, as pessoas
gostam de ganhar. E eu sou humana. Já que hoje (dia 31.10) completamos 110 anos
de Drummond, e ele dizia que nada do que é humano me é estranho, eu fico triste
também quando eu perco. Mas eu preciso tirar as lições positivas. Quantas
pessoas têm a honra de representar o povo do Rio Grande do Sul no Congresso? Eu
sou uma delas. Tenho a obrigação de me portar e me esforçar para ter meu
pique e entusiasmo para representar esse povo da maneira adequada em Brasília.
Esse foi o esforço que fiz nos últimos 20 dias.
Na arrancada, a campanha estava tudo muito equilibrada. Em algumas
pesquisas a senhora aparecia, inclusive, à frente do prefeito José
Fortunati. Depois que começou a propaganda, começou o desequilíbrio. O que
houve?
O
quadro pré-eleitoral não leva em consideração elementos muito evidentes ou que
surgem de maneira esterotipada durante a campanha. O primeiro deles: eu fui a
desafiante de um prefeito que assumiu há um ano e meio, que não tem desgaste,
embora represente uma administração de quase uma década. De um prefeito com
baixíssima rejeição, justamente pelo fato de não ter disputado eleição na
última década. A última vez foi em 2004, quando concorreu a deputado federal -
disputado eleição no sentido de ser testado individualmente na urna, porque ele
concorreu a vice-prefeito neste período. Eu fui a desafiante de um processo,
que eu sabia que era difícil. Antes da eleição começar, toda coordenação de
campanha e os jornalistas falavam que ele ganharia no primeiro turno. Portanto
não houve hecatombe e é exagero de alguns setores dizer que foi uma hecatombe.
Qual a vitória que temos? Ter pautado a eleição. Essa eleição foi mais do que
tudo uma eleição que debateu um projeto de cidade. E esse debate se deu poque
minha candidatura estava posta. Essa é a realidade. Quando há um desafiante que
desafia uma administração de oito anos, ele traz pautas diferentes do que o
governo quer, porque no governo sempre há uma acomodação, a acomodação de quem
governa, então acho que temos frutos positivos e a cidade sairá ganhando.
Em que momento percebeu que estava perdendo a chance do segundo
turno e a chance de ser prefeita de Porto Alegre?
Não
tem um dia que defina isso. Mas quando começou a propaganda de TV e a diferença
do tamanho financeiro, econômico, o tamanho das chapas de vereadores. Trezentos
CC’s (cargos em comissão) que tiraram férias. Não é um crime, mas é uma máquina
atuando a favor de uma administração. Então o início da campanha na TV talvez
tenha sido o momento que mais tornou público a diferença e o tamanho
econômico das duas candidaturas. Não há nenhuma menção a qualquer tipo de
ilegalidade, mas o tamanho das candidaturas vinculadas às máquinas.
Como foi encarado pelo PCdoB a candidatura própria do PT com Adão
Villaverde? No passado o seu partido contava com o apoio manifestado pelo
governador Tarso Genro.
Quando
retiramos a candidatura (a governador) de Beto Albuquerque em 2010, muitos
diziam que o fazíamos porque tínhamos compromisso do Tarso para nos
apoiar à prefeitura. E dizíamos que não era verdade, porque não assumíamos
uma posição para ter beneficio futuro. E a historia comprovou que dizíamos a
verdade. Ou seja: fizemos aquilo porque tínhamos convicção que a unidade do
campo da esquerda poderia nos trazer a vitoria, como trouxe, mas que
precisaríamos amadurecer para que essa unidade não fosse episódica e somente
quando o PT tem o protagonismo da chapa. Nós, antes da eleição, já dizíamos que
era um erro do nosso campo estar dividido. Por diversas vezes fizemos gestões
para uma candidatura única, não so do PCdoB e PT, mas de oposição à atual
administração. Vê que ironia: governo se une de um lado e a oposição se divide.
Como diz Gabriel Garcia Marquez, é a crônica de uma morte anunciada se a
oposição se divide. Acho que foi um erro do nosso campo político. Não me cabe
avaliar o processo interno do PT, mas foi um erro do nosso campo político. Em
duas vezes, 2008 e 2012, esteve dividida e o resultado nas duas vezes foi o
mesmo.
Esse posicionamento do PT em Porto Alegre e em Caxias do Sul,
muda a disposição do seu partido para 2014 para a reeleição de Tarso
Genro?
Assim
como em 2010 não agimos pautados pelos traumas de 2008, pois tivemos uma
eleição traumática, em um patamar muito diferente do que vivemos em 2012, nós
não trabalharemos 2014 com os olhos no passado. A eleição de 2012 já é passado.
Temos que tirar lições para construir um futuro melhor para o Estado. 2012 já
acabou. A despeito de um erro estratégico da divisão, tivemos um bom nível
entre as candidaturas. Nós vamos conversar sobre 2014 com um projeto político
que tivermos. Avaliando o Governo do Estado, conversando com o governador Tarso
- e que ao que me consta, nunca anunciou a candidatura a reeleição. Então não
me cabe debater se nem o próprio tarso fez. Mas se existe uma frase que na
minha avaliação política e jornalística é importante é dizer que a nossa
divisão em 2012 já é passado e nos do PCdoB e PSB sempre soubemos que dividir é
errado. Nós não dividiremos em 2014. Não cometeremos o erro que cometeram
conosco.
O PT é um bom parceiro?
Nós
somos bons parceiros do PT, parceiros de um projeto de Brasil que o PT faz
parte.
É recíproco?
Não
posso falar de outros partidos. Cabe ao PT discutir a relação com os aliados.
Eu posso garantir que temos ótima relação com governador Tarso Genro e com a
presidente Dilma.
A senadora Ana Amélia é melhor parceira que o governador Tarso
Genro?
Os
dois são meus grandes parceiros. A Ana Amélia me apoiou na eleição e eu apoiei
o Tarso. Os conheço por lados diferentes. Recebi apoio de um e apoiei o outro.
Talvez deva perguntar a Ana se é bom me apoiar e ao Tarso se é bom ser apoiado
por mim.
A senhora apoiaria ou defenderia Ana Amélia no futuro?
Eu
não existo individualmente na política, faço parte de um projeto, que será
debatido em primeiro lugar com os compromissos que temos com o governador que
exerce o mandato e que não se apresentou como candidato. Assim como a senadora
Ana Amélia também não se apresentou. Repito: 2014 para mim é baseado em projeto
de Estado, em um projeto de país que estamos construindo e em lições que
tiramos das eleições. Precisamos um campo unido e amplo. Dividido e estreito
damos a vitoria aqueles que não representam o mesmo projeto de cidade e estado
que nós.
A senhora é uma mulher de partido, identificada com o PCdoB.
Concorda com a posição da senadora Ana Amélia de não seguir a decisão do
partido dela sobre a eleição em Porto Alegre?
O
partido dela é absolutamente diferente do meu. A própria senadora não foi
apoiada por vários setores do partido dela. Acho que a Ana tomou a decisão que
achava correta. E a única coisa que posso dizer é que tenho orgulho gigantesco
de ter conquistado o apoio político da Ana e a amizade dela. Poucas mulheres
tem a sensibilidade e a capacidade política da senadora.
Durante a campanha a senhora foi tratada como fenômeno e não como
uma política normal. Incomoda-lhe no seu dia-dia deixar de ter o projeto
avaliado a partir do seu trabalho e ser tratada como fenômeno eleitoral?
Eu
sou uma mulher que luta e que trabalha para combater o machismo. Como vou dizer
que me surpreende algo que combato desde os 15 anos? Eu não preciso responder.
Não sou a única mulher e jovem que sofre com isso. Eu sou uma delas que sofre
preconceito. Eu ainda espero ouvir que os mesmos jornalistas que me chamaram de
fenômeno, de deputada jovem e bonita, repitam isso sobre o prefeito de Pelotas
(Eduardo Leite). Espero que falem isso do prefeito: o chamem de jovem, fenômeno
e bonito. Porque é o que ele é. Talvez a diferença entre nós dois, que além dos
olhos maravilhosos azuis que ele tem, é ele ser homem e eu mulher.
Mas ele não é comunista. Será que isso pesa na hora do voto? Será
que Porto Alegre vai romper essa barreira e eleger majoritariamente um
candidato comunista?
Porto
Alegre elegeu um bancário, que tinha apenas um mandato de deputado. Elegeu um
homem que veio de São Borja que defendeu educação de qualidade quando as
escolas publicas eram da elite. Eu seria uma pessoa limitada se dizesse que
essa cidade não me elegeu por preconceito ideológico. Eu não busco os meus
erros na resposta da ideologia. Dizer que Porto Alegre não votou em mim porque
sou comunista? Ora, essa cidade é corajosa. Não votou em mim porque elegeu
outro projeto, diferente do meu. Essa foi a cidade da Legalidade. Como vou
duvidar da capacidade de ousar da minha cidade? Tenho que ver os problemas da
minha eleição, em mim, no meu projeto e nos méritos do adversário. Perder não é
só errar. É também acertar menos que os outros. Fortunati acertou mais do que
eu. Sinceramente: existe conservadorismo em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul,
mas o que eu amo nessa cidade é a coragem de se reinventar, testar e dar
oportunidade aos que pensam diferente. Essa é uma cidade que sempre defendeu
justiça social e ser comunista é defender a justiça social.
Nos debates os ataques vinham do PSOL e não do seu principal
adversário. Porque a esquerda não se entende?
Tem
que perguntar pra eles. Porque a esquerda do Brasil inteiro se uniu com Lula e
Dilma e está mudando o país. Quem não está mudando o Brasil e se alia com
Democratas do ACM Neto no Congresso, se alia com Demóstenes e aqueles que não
querem mudar o país é que precisa dar essa resposta.
O fato do seu (ex)noivo Rodrigo Maroni ter se candidatado a
vereador interferiu na sua campanha?
Acho
que todas questões ajudam e atrapalham. Existe preconceito com mulheres que
ocupam cargo público e sua vida privada. Mas prefiro localizar os limites do
processo no que apresentamos na política. Pode ter ajudado ou atrapalhado, mas
prefiro não mensurar. Porque se não vamos debater se o que causou prejuízo é se
tenho cabelo cumprido e o prefeito tem cabelo curto, se o que traz problema é
que gesticulo muito as mãos, ou se minha unha é vermelha. Ora, eu faço
política. Ele foi um candidato a vereador, em uma chapa de quase cem que
tínhamos.
O interesse e a divulgação que se tem sobre a vida pessoal, como
ocorre neste momento, lhe incomoda?
Evidente
que sim. Porque meus colegas se casam e separam e ninguém fala sobre isso. Eu
desafio alguem saber o estado civil de qualquer deputado federal do Rio Grande
do Sul exceto eu.
Qual seu estado civil?
Solteira.
A campanha prejudicou sua vida pessoal, o seu relacionamento?
Eu
fiz uma opção aos 16 anos de transformar meus sonhos privados em coletivos.
Abri mão da vida na Academia, abri mão do sonho de morar no exterior, para ser
vereadora aos 22 anos. Assim como todos que fazem uma opção por uma vida
profissional que exige dedicação de 17, 18 horas por dia, que faz com que a
pessoa não more na cidade que vive, tudo isso faz com que a gente tenha uma
vida pessoal diferente. Se eu trabalhasse das oito da manhã às sete da noite,
de segunda a sexta-feira, teria uma vida pessoal facilitada, mas eu não seria
feliz. Sou feliz tentando transformar o mundo em um lugar melhor.
A senhora tem 31 anos. Está com mandato desde os 22. Não perdeu
uma parte significativa da juventude neste processo? Ou é possível ser jovem e
estar no meio de todo esse ambiente político?
Eu
faço política desde os 16 e acho que tive uma vida diferente. Evidentemente que
quando me elegi aos 22 anos, meus amigos saíam à noite e eu estava em
reuniões, na luta política. Mas o que é perder e ganhar? Eu ganhei muitas
coisas que as pessoas não tem oportunidade de ter na vida. Claro que se você
fizesse essa pergunta aos meus pais, eles diriam que sim, que perdi toda minha
juventude, porque dediquei toda minha vida a isso. Mas posso responder que
nenhuma dessas pessoas saibam o que é andar na rua e receber um sorriso de
esperança, de que estou fazendo minha parte para melhorar a cidade. A
gente ganha e perde. O que é sorte e azar, né?
Mas não dá pra sair, beber, namorar na balada...
Isso
não me pertence mais! (risos). Mas não bebo, só uma vez por ano. Mas a gente
aprende a viver. É engraçado. Lembro do dia que fui enterrar minha avó e uma
pessoa me encontrou na rua e disse que não votaria mais em mim porque eu não
estava em Brasília trabalhando. Dói, a gente aprende com dor. Não sou a única
que abre mão para trabalhar. Imagina! Abri mão da juventude para ser política,
para representar o povo. E quem abre mão para cuidar dos filhos envolvidos no
crack? Tenho uma vida abençoada. Me sinto uma pessoa que trabalha muito, mas
que sempre teve muitos bônus por trabalhar tanto.
Em outras vezes que conversamos, a senhora falou de dois sonhos:
um como política, ser prefeita de Porto Alegre. Outro como mulher: ser mãe.
Eles continuam como objetivos de curto prazo?
Meu
único objetivo é encerrar o ano e reconstruir meu mandato de deputada federal.
É único que posso ter. O povo não me quis para prefeita, então acho que na vida
temos que ouvir e tirar lições. É precipitado eu dizer que mantenho estes sonhos.
Tenho que ouvir o recado da população. Sonhos não são eternos. A gente vive,
para e escuta. Ainda estou ouvindo este recado que o povo me deu politicamente
e recebi como uma ordem: vou retomar meu mandato e trabalharei nos próximos
dois anos com a mesma dedicação que sempre tive, que é tanta que me licenciei
porque me senti constrangida de trabalhar menos do que trabalhava em Brasília.
O segundo sonho agora não é algo palpável. Não vou me casar, então não posso
ter plano de ter um filho agora. Talvez adote um no futuro.
Filho e solteira nem pensar?
Hoje
não, mas no futuro, quem sabe? Tenho plano muito forte de adotar uma criança.
Poderia sozinha, mas não agora.
Do que foi defendido na sua campanha, o que a senhora gostaria que
ficasse como legado e que fosse implementado pelo prefeito José Fortunati?
O
esforço de transformar Porto Alegre em uma capital com mais protagonismo
econômico, a primeira Smart City do Brasil. Construir uma cidade mais pujante
economicamente e ter serviços melhores para população.
Como será seu trabalho para Porto Alegre agora na Câmara dos
Deputados? Conseguirá retomar com o mesmo vigor?
Com
mais vigor. Recebi recado da população: volte ao mandato de deputada. Eu perdi,
sou apaixonada pela cidade e o que quero? Que seja uma cidade melhor. Já disse
isso às seis da tarde do dia sete de outubro, que espero orientações para
trabalhar e ajudar o prefeito José Fortunati. Ele tem em mim uma aliada na
defesa das causas de Porto Alegre. Vi que o prefeito quer indicar alguém para
ficar em Brasília. Se quiser não indica-la, pode saber que tem uma
representante dos interesses de Porto Alegre na Câmara Federal que está
100, 150% à disposição dele.
A senhora é candidata a reeleição a deputada federal?
Como
todo mundo, o final de ano é um período de reflexão sobre a vida. Tenho dois
anos de mandato. Vou debater com o partido o que fazer nos próximos anos, quais
as tarefas que terei ou não. Posso garantir que meus próximos dois anos serão
de muito trabalho por Porto Alegre.
Onde se vê daqui 10 anos?
Não
faço esse tipo de plano. Me vejo fazendo um esforço grandioso para ser feliz.
Esse é o esforço que todos temos que fazer e certamente e qualquer que seja o
lugar, com ou sem mandato, como escrevi no meu blog, vai ser algum lugar onde
tenha a sensação de fazer um lugar melhor.
Então, recuperando o começo da entrevista, já conseguiste o que
quer daqui 10 anos.
É,
quero continuar tendo a certeza que independente de onde esteja, seja fazendo
política, dando aula ou como jornalista, meu objetivo não é ter mandato, e sim
fazer do mundo um lugar melhor.
Se pudesse voltar no tempo para corrigir algo da campanha, o que
mudaria?
Não
gosto de análises pretéritas. Gosto de olhar pra frente. Os recados da minha
derrota serão absorvidos e corrigidos. E um deles é: retome o mandato na
Câmara.
Nos últimos quatro anos a senhora percorreu Porto Alegre para
ouvir a população e montar a estratégia e o plano de governo. Como será essa
rotina daqui pra frente?
Vai
ser igual. Não só com a cidade, eu fazia isso com o estado inteiro. Retomarei
minha relação com todo Rio Grande do Sul. Tenho um mandato em Brasília que
me exige muito e tenho que pensar nisso. Tenho participação importante em
diversas comissões do Congresso, tenho desafio do vale cultura e o marco civil
da internet. A vida não para, ela vai nos atropelando.
Fonte: Blog do ANDRÉ MACHADO
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