Ato de apoio aos 72 detidos na USP, madrugada de terça (8), começou na tarde desta quinta (10) no Largo São Francisco, Centro de São Paulo (Foto: Raphael Prado/ G1)
Estudantes e professores da Universidade de São Paulo (USP) protestaram nesta quinta-feira (10) contra a presença da Polícia Militar na Cidade Universitária, na Zona Oeste da capital, e pela saída do reitor da instituição, João Grandino Rodas. Eles se concentraram em frente à Faculdade de Direito da USP, no Largo do São Francisco, região central da cidade.
Por volta das 16h, uma passeata saiu pelas ruas do Centro, acompanhada de um carro de som e manifestando contra a Polícia Militar e o reitor da universidade. "Fora PM" e "Segurança sim, PM não" eram as palavras de ordem.
Segundo os organizadores - entre eles o Diretório Central de Estudantes da USP e a Associação de Docentes da USP (Adusp) -, o ato reuniu 5 mil manifestantes. A Polícia Militar estimou a participação em mil pessoas.
Inicialmente, a PM chegou a acompanhar o protesto. Com motos, os policiais abriam o caminho dos manifestantes. Um helicóptero sobrevoava o Centro da cidade. Cerca de uma hora depois do início, no entanto, os policiais desapareceram. "Nós havíamos combinado [com a organização] que não haveria bloqueio de ruas e os estudantes bloquearam", diz o capitão Airton Vanzelli, que comandava os policiais. "Recebemos depois a determinação de nos retirarmos e o efetivo ficou em outra área", explicou.
A manifestação foi pacífica. Não houve nenhum registro de incidente. O trânsito foi afetado em algumas áreas, sobretudo quando começou o horário de pico na cidade - a passeata durou até cerca de 19h, quando os estudantes voltaram à Faculdade de Direito, no Largo do São Francisco, para realizar uma assembleia geral que definiria se a greve dos estudantes seria mantida.
O protesto ocorre dois dias depois de a Tropa de Choque da Polícia Militar cumprir a determinação judicial de reintegração de posse da reitoria da USP, ocupada por estudantes desde 2 de novembro. Na ação da PM, 72 manifestantes - a maioria deles estudantes - foram presos e indiciados por dano ao patrimônio público e desobediência civil.
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