Bebês saíram do hospital hoje.
Crédito: Vinícius Roratto Elisiane dos Santos San Martin, 34 anos, que precisou percorrer 500 quilômetros para dar à luz gêmeos, em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, recebeu alta do Hospital Municipal com os dois filhos nesta quarta-feira. A mulher, que estava grávida de sete meses, precisou sair da região Sul do Estado, em Santa Vitória do Palmar, por falta de leitos em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) neonatais.
"Espero que outras mães não passem o que eu passei", disse durante coletiva, nesta quarta-feira, antes de deixar a instituição. A mãe e os bebês ficaram internados desde 23 de outubro, boa parte do tempo na UTI, respirando com a ajuda de aparelhos.
Elisiane, que estava com a voz fraca por ter ficado entubada, lamentou a falta de leitos no Estado e disse que espera que sua história sirva para melhorar o sistema de Saúde. “Meu caso teve notoriedade da mídia, mas muitos outros não têm. Muitas vidas se perdem nas estradas”, afirmou.
“Fico feliz em saber que abriu a UTI em Canguçu. Sei que vai ajudar outras mães que precisarem”, lembrou Elisiane. A cidade de Canguçu fica no Sul do Estado, mesma região onde ela estava. Se o setor, que já estava pronto, estivesse em funcionamento no mês passado, ela não precisaria ter viajado mais de seis horas até encontrar um leito.
Gravidez e peregrinação
Elisiane mora em Santa Vitória do Palmar, no extremo Sul do Estado, onde é funcionária concursada da prefeitura. Ela se casou em março, engravidou de gêmeos e a bolsa se rompeu no dia 21 de outubro. A médica que acompanhava a gravidez de Elisiane orientou-a a seguir até o Hospital Santa Casa de Misericórdia, de Santa Vitória do Palmar. Lá, ela permaneceu por dois dias, até que a equipe médica constatou ser uma gravidez de risco e buscou contato com a Central de Regulamentação de Leitos do Rio Grande do Sul. A partir daí, começou a peregrinação da gestante em busca de vaga em hospitais.
Segundo a mãe de Elisiane, Neiva Lima dos Santos, as duas encararam mais de seis horas de viagem, em 500 quilômetros, para chegar ao Hospital de Novo Hamburgo, o único que disponibilizou atendimento. Os gêmeos Guilherme e Gustavo nasceram em 24 de outubro, por cesariana de urgência, quatro dias depois do rompimento da bolsa.
As condições precárias da ambulância em que a gestante foi transportada também é alvo de questionamento dos familiares. "De Santa Vitória do Palmar tentamos leito em Rio Grande e Pelotas e não conseguimos. Fomos conseguir em Novo Hamburgo. De lá até aqui a gente sofreu muito. Eu vim com ela e uma enfermeira padrão. Levamos seis horas até aqui. Os motoristas botaram até 180 quilômetros na estrada. Minha filha veio todo tempo sofrendo, ela já estava com dores. Eu também passei mal, mas não podia dizer pra ela aquilo que estava vendo. Me segurei muito", disse.
"Espero que outras mães não passem o que eu passei", disse durante coletiva, nesta quarta-feira, antes de deixar a instituição. A mãe e os bebês ficaram internados desde 23 de outubro, boa parte do tempo na UTI, respirando com a ajuda de aparelhos.
Elisiane, que estava com a voz fraca por ter ficado entubada, lamentou a falta de leitos no Estado e disse que espera que sua história sirva para melhorar o sistema de Saúde. “Meu caso teve notoriedade da mídia, mas muitos outros não têm. Muitas vidas se perdem nas estradas”, afirmou.
“Fico feliz em saber que abriu a UTI em Canguçu. Sei que vai ajudar outras mães que precisarem”, lembrou Elisiane. A cidade de Canguçu fica no Sul do Estado, mesma região onde ela estava. Se o setor, que já estava pronto, estivesse em funcionamento no mês passado, ela não precisaria ter viajado mais de seis horas até encontrar um leito.
Gravidez e peregrinação
Elisiane mora em Santa Vitória do Palmar, no extremo Sul do Estado, onde é funcionária concursada da prefeitura. Ela se casou em março, engravidou de gêmeos e a bolsa se rompeu no dia 21 de outubro. A médica que acompanhava a gravidez de Elisiane orientou-a a seguir até o Hospital Santa Casa de Misericórdia, de Santa Vitória do Palmar. Lá, ela permaneceu por dois dias, até que a equipe médica constatou ser uma gravidez de risco e buscou contato com a Central de Regulamentação de Leitos do Rio Grande do Sul. A partir daí, começou a peregrinação da gestante em busca de vaga em hospitais.
Segundo a mãe de Elisiane, Neiva Lima dos Santos, as duas encararam mais de seis horas de viagem, em 500 quilômetros, para chegar ao Hospital de Novo Hamburgo, o único que disponibilizou atendimento. Os gêmeos Guilherme e Gustavo nasceram em 24 de outubro, por cesariana de urgência, quatro dias depois do rompimento da bolsa.
As condições precárias da ambulância em que a gestante foi transportada também é alvo de questionamento dos familiares. "De Santa Vitória do Palmar tentamos leito em Rio Grande e Pelotas e não conseguimos. Fomos conseguir em Novo Hamburgo. De lá até aqui a gente sofreu muito. Eu vim com ela e uma enfermeira padrão. Levamos seis horas até aqui. Os motoristas botaram até 180 quilômetros na estrada. Minha filha veio todo tempo sofrendo, ela já estava com dores. Eu também passei mal, mas não podia dizer pra ela aquilo que estava vendo. Me segurei muito", disse.
Fonte: Marina Fauth / Rádio Guaíba
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