terça-feira, 22 de novembro de 2011

Dividido, PDT se reúne nesta terça para definir posição sobre Lupi

    O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, em audiência no Senado
    Foto: Dida Sampaio / Agência Estado

     Dividido, o PDT se reúne nesta terça-feira (22), às 19h, para definir se o partido apoia ou não a permanência do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, à frente da pasta. Presidentes dos diretórios, além das bancadas do PDT na Câmara e no Senado estarão presentes ao encontro, que ocorrerá na sede do partido, em Brasília.
     O líder do PDT na Câmara, deputado Giovanni Queiroz (PA), afirmou que, ao fim da reunião, deve ser divulgada uma nota de apoio ao ministro ou a favor da saída dele do cargo. "Pode haver uma nota do partido de apoio ou não ao Lupi. Vamos fazer uma avaliação da conjuntura da situação", disse ao G1.
     Segundo denúncias publicadas na imprensa, Lupi teria voado, em 2009, em uma aeronave providenciada pelo empresário Adair Meira, dirigente de ONGs beneficiadas por convênios com o Ministério do Trabalho. Antes dessa denúncia, o ministro já respondia a acusações sobre a existência de um esquema de arrecadação de propinas junto a ONGs que têm convênios com a pasta. Os recursos obtidos seriam usados para abastecer o caixa do PDT.
     Para o líder do partido, Lupi deve continuar no cargo, pois não há "provas" de que ele tenha cometido irregularidades. "Eu defendo a permanência do ministro, tendo em vista que não há nada que prove desvio de conduta da parte dele."
     O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) também defendeu que o PDT continue no governo da presidente Dilma Rousseff. "Creio que o apoio ou não do PDT vai ser definido amanhã. Entendo que a maioria quer Lupi no ministério. Eu defendo a permanência", disse.
     Já o senador Pedro Taques (PDT-MT) afirmou que defende a saída de Lupi. Para ele, o PDT precisa abrir mão do cargo, pois já não goza da "confiança" da população. Como não há consenso a respeito do futuro político de Lupi, Taques disse que a posição oficial do PDT deverá refletir o desejo da maioria.
     "O partido não é inteiro, tem divergências sobre o caso. Mas, numa democracia, a maioria deve prevalecer. Vamos fazer um debate para ver o posicionamento da maioria. Eu ainda defendo a saída do PDT do ministério."
     O deputado José Antonio Reguffe (PDT-DF) defende a indepedência. "O partido devia adotar uma postura independente, sem ter cargos no governo", afirmou. Em entrevista nesta segunda (21), Lupi afirmou que o PDT apoiará o governo Dilma mesmo se perder o ministério. "O que vai haver na reunião é um debate. Não temo perder o ministério. O PDT apoia o governo Dilma com ou sem ministérios", disse. "Estou pronto para a luta", acrescentou.

Fonte: Nathalia Passarinho / Do G1, em Brasília

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