sábado, 3 de setembro de 2011

Thucco, o “cãoelho” da casa

Daniel Castellano / Gazeta do Povo / “Quando os cães vão até o portão para ver se há alguém estranho e começam a latir, ele vai junto e tenta imitá-los.” - Dirceu Oliveira Nascimento, funcionário público dono do Thucco, o “cãoelho”
“Quando os cães vão até o portão para ver se há alguém estranho e começam a latir, ele vai junto e tenta imitá-los.” - Dirceu Oliveira Nascimento, funcionário público dono do Thucco, o “cãoelho”
     Quem passa pela casa do funcionário público Dirceu Oliveira Nasci­mento facilmente acha graça: no portão, cinco cachorros começam a latir acompanhados de perto por um coelho. Isso mesmo: um coelho. Pois é bom não estranhar: convivendo há dois anos com os cães, Thucco parece até se achar um deles e repete tudo que os companheiros caninos fazem. Entre os amigos e familiares, a história ficou tão famosa que o coelho já ganhou até um apelido carinhoso e virou o “cãoelho”.
     Tudo começou em 2009, quando Nascimento foi a um aviário para comprar ração para seus cachorros. Como sua esposa gostou do coelho que estava à venda, acabou levando-o para casa para fazer companhia à cocker spaniel Lola e aos pinschers Fred, Vilma, Lilica e Billy.
     A experiência deu tão certo que hoje Thucco faz questão de seguir os cachorros em todos os lugares. “Quando os cães vão até o portão para ver se há alguém estranho e começam a latir, ele vai junto e tenta imitá-los. É engraçado porque ele fica em pé no portão e acho que só não late porque realmente não consegue.”
     Como se não bastasse, o coelho ainda obrigou os donos a mudarem seu cardápio. “No começo, oferecíamos ração de coelho, mas ele foi rejeitando e roubava a ração dos cachorros. Agora, nem insistimos e compramos até um prato para ele comer a ração junto com os cães.”
     A proximidade é tanta que Thucco até abriu mão da própria casinha para poder passar mais tempo com os cachorros. “Compra­mos uma casinha só para ele, mas ele faz questão de dormir com os outros. Há alguns dias, acordei de manhã e vi os cães dormindo juntos na área, enrolados em cobertores por causa do frio, e o Thucco em cima deles.”
     Mas o dono garante: nem sempre a convivência é tão amigável. “Os pinschers têm ciúmes dele e ficam incomodados quando ele quer brincar, mas a Lola adora e eles estão sempre juntos.” Às vezes, tanta proximidade até rende alguns problemas para a cocker spaniel. “Ele tem mania de ficar roendo a Lola. Uma vez, notei um corte no pescoço dela e fiquei preocu­pado achando que ela tivesse brigado com algum dos cachorros. No outro dia, olhei pela janela e vi o Thucco roendo o mesmo lugar.”
     O dono conta que pensou em comprar um novo coelho para fazer companhia a Thucco, mas a ideia não foi adiante. “Testamos ficar com o coelho do vizinho por uns dias, para ver como era a reação. Foi a pior possível. O Thucco ficou enciumado e quase matou o visitante. Não tem jeito: ele quer ser o único ‘cãoelho’ da casa.”

 (Daniel Castellano / Gazeta do Povo)
(Daniel Castellano / Gazeta do Povo)

Fonte: Rafaela Bortolin / GAZETA DO POVO


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