segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Técnico explica morte de Awana: 'Carro parecia lata de conserva aberta'

Theyab Awana comemora gol (Foto: Getty Images)
Theyab Awana: 'Uma estrelinha que vai brilhar no céu' (Foto: Getty Images)
      Famoso por ter feito um gol de pênalti de calcanhar, o jogador Theyab Awana, morto neste domingo por causa de um acidente de carro, foi enterrado na tarde desta segunda-feira. O brasileiro Jorvan Vieira, técnico do Baniyas, equipe do meia que tinha 21 anos, via a principal promessa do futebol dos Emirados Árabes como um filho. A cena do carro após a batida foi impressionante, de acordo com o treinador.
     - Ele conduzia um carro grande e quando foi tentar realizar uma ultrapassagem, acabou batendo em uma máquina que limpa a pista. O carro estava praticamente intacto e a única região que sofreu danos foi justamente a do lado do motorista. Parecia uma lata de conserva que foi aberta - detalhou em entrevista por telefone ao GLOBOESPORTE.COM.
     Vieira lembrou que Awana não deveria estar no país no dia do acidente. O jogador tinha um compromisso na Europa, mas não conseguiu viajar por causa de problemas com o visto.
     - Era para ele ter viajado antes. Ele ia passar por uma cirurgia na Alemanha, mas o visto não foi liberado. Um outro jogador tinha que viajar junto com ele e acabou conseguindo o visto. São coisas do destino. Agora ele virou uma estrelinha que se Deus quiser vai brilhar no céu - afirmou.
     Adorado pelo povo emiradense, o meia vai fazer falta à seleção local e ao Baniyas não apenas por seu talento. Segundo o técnico, Awana tinha uma personalidade marcante e descontraída, o que contagiava todos os que faziam parte de seu convívio.
     - Ele era um menino extrovertido e sempre trazia alegria ao vestiário. Foi um choque muito grande para o país inteiro. Era querido por todos, inclusive pelos torcedores rivais - explicou.
     A ligação com a família de Awana e o fato de ter um filho, tornam a dor de Jorvan ainda maior.
     - Você acaba criando uma relação forte e se apega à pessoa. Era como um filho, sou amigo do pai, meu filho era amigo dele, eles sempre trocavam e-mails. Não quero imaginar como deve estar o pai em um momento como esse - lamentou.

Fonte: Fábio Lima / Rio de Janeiro / globoesporte.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário