sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Haddad critica greve em universidades federais

     O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou em entrevista ao programa da TV Estatal NBR nesta sexta-feira que a greve dos servidores técnicos das universidades federais atrapalha o funcionamento das universidades. “Lamentamos que os técnicos tenham deixado a mesa de negociações. Em alguns locais, a decisão judicial que obriga 50% dos servidores a trabalhar não está sendo cumprida. Os docentes que não romperam as conversas conseguiram um acordo este ano com horizonte de novas negociações para março de 2012”, afirmou Haddad. “O prolongamento da greve teve como reflexo que uma nova proposta só terá validade para 2013”, acrescentou. 
     A Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra) negou que tenha abandonado as negociações. Em nota, a entidade apontou ainda que o governo tem “criminalizado” a greve. Os servidores técnicos federais buscam aumento do piso salarial atual de R$ 1.034 para três salários mínimos (R$ 1.635).
     Haddad também anunciou investimentos na rede federal. O Rio Grande do Sul não foi contemplado com a criação de novas universidades federais, mas a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) será contemplada com um novo campus em Cachoeira do Sul. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), por sua vez, terá uma nova unidade em Tramandaí, no Litoral Norte.

Unidades de educação profissional no RS

     Sete municípios assinaram compromisso com o Ministério da Educação para instalação de unidades de educação profissional com conclusão previsto para o final de 2012 – Sapiranga, Vacaria, Gravataí, Viamão, Alvorada, Lajeado e Santo Ângelo. “O bom momento econômico que o Brasil vive só será garantido com sustentabilidade no setor da educação. Caso contrário, enfrentaremos gargalos num futuro próximo”, salientou Haddad, ao referir-se a necessidade de formação de novos profissionais mais qualificados. 
     “A decisão de criar novos campus universitários no Interior ajuda a descentralizar a atividade econômica no País, concentrada nas regiões metropolitanas – onde vive 40% da população”, frisou o ministro. “Em oito anos, quase duplicamos o número de matrículas nas universidades públicas federais. Passamos de 3,5 milhões para 6,4 milhões. O desafio é a expansão qualificada. Caso seja necessário, vamos fechar vagas que não atendam os critérios de qualidade.”

Fonte: Marcos Koboldt / Correio do Povo

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