Bolsonaro desembarcou nesta quarta-feira em
Dallas, no Texas, onde cumpre agenda até a sexta-feira
O presidente Jair Bolsonaro chamou de
"idiotas úteis" e "massa de manobra" manifestantes
que organizam nesta quarta-feira uma série de protestos contra os cortes do
governo na educação básica e no ensino superior. O presidente classificou os protestos como algo "natural"
e disse que "a maioria ali (na manifestação) é militante". "Se
você perguntar a fórmula da água, não sabe, não sabe nada. São uns idiotas
úteis que estão sendo usados como massa de manobra de uma minoria espertalhona
que compõe o núcleo das universidades federais", disse Bolsonaro ao chegar
em Dallas, nos Estados Unidos.
Ele foi recebido por apoiadores ao chegar no
hotel onde se hospedará hoje na cidade americana. Em capitais como São Paulo,
Belo Horizonte e Salvador, os atos contra os bloqueios do Ministério da
Educação (MEC) começaram pela manhã, embora a maior parte esteja marcada para o
período da tarde. Além das manifestações, algumas universidades e escolas
cancelaram as aulas.
O presidente disse ainda que não gostaria que
houvesse cortes na Educação e disse que não teve saída. "Na verdade não
existe corte, o que houve é um problema que a gente pegou o Brasil destruído
economicamente, com baixa nas arrecadações, afetando a previsão de quem fez o
orçamento e se não tiver esse contingenciamento eu simplesmente entro contra a
lei de responsabilidade fiscal", afirmou o presidente. "Mas eu
gostaria que nada fosse contingenciado, em especial na Educação", disse
Bolsonaro.
Ao menos 75
universidades e institutos federais do País convocaram protestos em resposta ao bloqueio de 30% dos orçamentos determinado
pelo Ministério da Educação (MEC). O presidente falou que a Educação no Brasil
"está deixando muito a desejar". "A garotada, com 15 anos de
idade, na oitava série, 70% não sabe uma regra de três simples. Qual o futuro
dessas pessoas?", disse o presidente, culpando o governo do PT por não ter
dado "qualificação" a parte dos desempregados do País.
Bolsonaro visita Dallas em uma agenda improvisada e organizada às pressas pelo
governo, depois de o presidente desistir de ir à cidade de Nova Iorque. Ele
participaria do prêmio de "personalidade do ano" concedido pela
Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos na noite desta terça, mas a homenagem
foi alvo de boicotes e críticas do próprio prefeito da cidade, Bill de Blasio.
Por AE
Correio do Povo
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