segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

PM ocupa comunidade onde gaúcha foi morta em Santa Catarina

Professora Daniela Scotto de Oliveira estava com família quando foi atingida por tiro em Florianópolis

PM ocupa comunidade onde gaúcha foi morta em Santa Catarina  | Foto: Facebook / Reprodução / CP
   PM ocupa comunidade onde gaúcha foi morta em Santa Catarina | Foto: Facebook / Reprodução / CP

Após o homicídio da professora de ioga gaúcha Daniela Scotto de Oliveira Soares, de 38 anos, a Polícia Militar fechou nesse domingo os acessos à comunidade do Papaquara, localizada ao Norte de Florianópolis. Segundo informações do jornal Notícias do Dia, o comandante do 21º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Sinval Santos da Silveira, a ocupação será por tempo indeterminado. 

"Foi uma agressão gratuita a uma pessoa de bem. Montamos barreiras e vamos revistar as pessoas suspeitas. Nosso objetivo é identificar os autores e coibir o tráfico na região. Antes da Operação Veraneio, há 20 dias, realizamos uma grande investida no Papaquara com 110 policiais. Apreendemos armas, drogas e adolescentes infratores para amenizar a situação para a temporada”, disse Santos. 

Conforme o Notícias do Dia, as barreiras foram montadas nas ruas Braulina Machado e Ernani Souza. Os policiais militares devem permanecer 24 horas nesses pontos. 

Sonho interrompido 

Daniela teve o sonho de ser mãe interrompido nas primeiras horas de 2017. Ela foi morta com um tiro na cabeça quando o carro em que estava teria ingressado por acidente em uma área conflagrada na comunidade da Papaquara. A professora de ioga estava na companhia do marido, de um sobrinho de sete anos e dos sogros. 

Desde a última quinta-feira em Santa Catarina, Daniela estava na casa do cunhado Rodrigo Fernandes e da irmã Andreia Scotto, no bairro Estreito. No último dia de 2016, passaram a tarde no Costão do Santinho. Quatro horas antes de encerrar o ano, ela postou uma mensagem em sua página do Facebook: “Curtindo a família em Floripa”.

Daniela se casou em março de 2016. Natural de Porto Alegre, mudou-se para Sapucaia do Sul, na região Metropolitana, onde abriu um centro de ioga. 

Trio armado 

Por volta das 2h, ao irem embora, Daniela e o marido acionaram o aplicativo Waze, que indicou o caminho a seguir, cruzando pela Servidão Braulina Machado. Neste ponto, segundo a Polícia Militar, Daniela, que estava sentada no banco do carona, avistou três homens armados e alertou a família.

O marido reduziu a velocidade e cruzou pelo trio. Instantes depois, um tiro acertou a lateral traseira direita do carro, atravessando o vidro e atingindo a cabeça da professora. Ferida, ela caiu sobre as pernas do marido, que foi direto para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Norte de Florianópolis, mas Daniela não resistiu.

Os familiares estavam divididos em dois veículos. Daniela estava em uma caminhonete Tucson. No outro carro, um Ecosport, foram o cunhado, a irmã e uma sobrinha da professora.

De acordo com policiais militares, o assassino e dois cúmplices fugiram logo após a professora ter sido atingida. A Delegacia de Homicídios da capital catarinense irá investigar o assassinato. De acordo com os policiais, ainda não há pista do criminoso.


Fonte: Correio do Povo

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