Professora Daniela Scotto de Oliveira estava
com família quando foi atingida por tiro em Florianópolis
PM ocupa comunidade onde gaúcha foi morta em
Santa Catarina | Foto: Facebook / Reprodução / CP
Após o homicídio da professora de ioga gaúcha Daniela Scotto de
Oliveira Soares, de 38 anos, a Polícia Militar fechou nesse domingo os acessos
à comunidade do Papaquara, localizada ao Norte de Florianópolis. Segundo
informações do jornal Notícias do Dia, o
comandante do 21º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Sinval Santos da
Silveira, a ocupação será por tempo indeterminado.
"Foi
uma agressão gratuita a uma pessoa de bem. Montamos barreiras e vamos revistar
as pessoas suspeitas. Nosso objetivo é identificar os autores e coibir o
tráfico na região. Antes da Operação Veraneio, há 20 dias, realizamos uma
grande investida no Papaquara com 110 policiais. Apreendemos armas, drogas e
adolescentes infratores para amenizar a situação para a temporada”, disse
Santos.
Conforme
o Notícias do Dia, as barreiras foram montadas nas ruas Braulina Machado e
Ernani Souza. Os policiais militares devem permanecer 24 horas nesses
pontos.
Sonho
interrompido
Daniela
teve o sonho de ser mãe interrompido nas primeiras horas de 2017. Ela foi morta
com um tiro na cabeça quando o carro em que estava teria ingressado por
acidente em uma área conflagrada na comunidade da Papaquara. A professora de
ioga estava na companhia do marido, de um sobrinho de sete anos e dos
sogros.
Desde a
última quinta-feira em Santa Catarina, Daniela estava na casa do cunhado
Rodrigo Fernandes e da irmã Andreia Scotto, no bairro Estreito. No último dia
de 2016, passaram a tarde no Costão do Santinho. Quatro horas antes de encerrar
o ano, ela postou uma mensagem em sua página do Facebook: “Curtindo a família
em Floripa”.
Daniela
se casou em março de 2016. Natural de Porto Alegre, mudou-se para Sapucaia do
Sul, na região Metropolitana, onde abriu um centro de ioga.
Trio
armado
Por volta
das 2h, ao irem embora, Daniela e o marido acionaram o aplicativo Waze, que
indicou o caminho a seguir, cruzando pela Servidão Braulina Machado. Neste
ponto, segundo a Polícia Militar, Daniela, que estava sentada no banco do
carona, avistou três homens armados e alertou a família.
O marido
reduziu a velocidade e cruzou pelo trio. Instantes depois, um tiro acertou a
lateral traseira direita do carro, atravessando o vidro e atingindo a cabeça da
professora. Ferida, ela caiu sobre as pernas do marido, que foi direto para a
Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Norte de Florianópolis, mas Daniela não
resistiu.
Os
familiares estavam divididos em dois veículos. Daniela estava em uma
caminhonete Tucson. No outro carro, um Ecosport, foram o cunhado, a irmã e uma
sobrinha da professora.
De acordo
com policiais militares, o assassino e dois cúmplices fugiram logo após a
professora ter sido atingida. A Delegacia de Homicídios da capital catarinense
irá investigar o assassinato. De acordo com os policiais, ainda não há pista do
criminoso.
Fonte:
Correio do Povo
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