Empresário foi o "autor intelectual" da
transferência 16,5 milhões de dólares
Empresário foi o "autor intelectual"
da transferência de 16,5 milhões de dólares
Foto: Frederic J. Brown / AFP / CP
O nome do
empresário Eike Batista foi incluído na difusão vermelha da Interpol (Polícia
Internacional) - índex dos mais procurados em todo o mundo. A Polícia Federal
(PF) não encontrou Eike na manhã desta quinta-feira em sua residência, no Rio.
O empresário é formalmente declarado foragido.
A
Interpol funciona, na prática, como uma rede que mantém conexão com as polícias
de quase 200 países. Os nomes dos procurados abastecem o cadastro da Interpol.
A ordem de prisão contra Eike foi decretada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª
Vara Federal do Rio, no âmbito da Operação Eficiência - desdobramento da
Calicute e da Lava Jato que mira o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB).
Com base
nas delações premiadas de dois operadores do mercado financeiro, Renato e
Marcelo Chebar, a Polícia Federal e a Procuradoria da República descobriram
remessas de 100 milhões de dólares para o exterior em favor do peemedebista.
Eike foi o 'autor intelectual' da transferência de
16,5 milhões de dólares, transação que envolveu conta do
empresário no Panamá e remessa final para o Uruguai.
A prisão
de Eike foi decretada no dia 13. A PF acredita que o
empresário pode ter saído do País usando passaporte alemão.
O delegado Tacio Muzzi, da PF, disse que não trabalha com a hipótese de que
houve vazamento da Operação Eficiência, abrindo caminho para a fuga de Eike. A
defesa do empresário informou que ele ficou 'surpreso' com a ordem de prisão. O
advogado disse que Eike vai se apresentar, mas não disse quando isso vai
ocorrer.
ESTADÃO conteúdo
Correio
do Povo
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