Francisco Prehn relatou que pai já havia recebido ameaças de
grupos contrários a Lava Jato
Francisco Prehn disse que seu pai já havia
recebido ameaças de grupos contrários a Lava Jato
Foto: José Cruz / ABR / CP Memória
O
advogado Francisco Prehn Zavascki, filho do ministro Teori Zavascki, que morreu nesta
quinta-feira em Paraty (RJ), cobrou uma investigação da
morte do pai e disse que nenhuma possibilidade está descartada. "É
preciso investigar a fundo e saber se foi acidente ou não, que a verdade
venha à tona seja ela qual for", afirmou.
Francisco
disse que a família está em contato com autoridades para acompanhar os
desdobramentos das investigações. O Ministério Público Federal (MPF) e a
Polícia Federal (PF) já comunicaram que abriram processos para apurar as causas
do acidente. "Ainda não parei para pensar, não deu tempo para pensar
com mais calma nisso, mas não podemos descartar qualquer possibilidade. No meu
íntimo, eu torço para que tenha sido um acidente, seria muito ruim para o País
ter um ministro do Supremo assassinado", disse.
O filho
relatou ainda que havia grupos contrários às investigações de casos de
corrupção no País e que o ministro já teria recebido ameaças. Ele era relator
dos processos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), sendo
responsável por conduzir os julgamentos de investigados com foro
privilegiado. "Seria infantil dizer que não há movimento contrário, agora
a questão é o que o movimento seria capaz de fazer", afirmou.
Francisco
Zavascki disse que o pai estava bastante concentrado na homologação das
colaborações premiadas de executivos e ex-executivos da Odebrecht, o que estava
programado para ocorrer em fevereiro. "Ele tinha perfeita noção do impacto
que tem no País e que isso poderia realmente fazer o País ser passado a
limpo."
O velório
do corpo do ministro do STF vai ser realizado na sede do Tribunal Regional
Federal da 4ª Região, em Porto Alegre. Data e horário ainda não estão
definidos.
ESTADÃO
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Correio
do Povo
Atualização:
10h32
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