Favorito na final, Timãozinho encontra rival valente,
martela por 80 minutos e consegue gols no fim. Vitória por 2 a 1 dá a taça e
coroa campanha brilhante
Pela décima vez, o
Corinthians é campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior (Foto: Marcos
Ribolli)
No aniversário de São Paulo, quem
comemora é o torcedor do Corinthians. E já é quase rotina. A vitória por 2 a 1
sobre o Batatais, nesta quarta-feira, no ensolarado Pacaembu, deu ao Timão o
décimo título da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Dono absoluto da competição,
o Corinthians repete o feito de 1969, 70, 95, 99, 2004, 2005, 2009, 2012 e
2015.
A taça coroa uma campanha irreparável
da equipe treinada por Osmar Loss. Com os dois gols da final, o ataque
alvinegro chegou a 30 marcados em nove jogos, média superior a três por
partida. Coube a Carlinhos, artilheiro da Copinha, com 11, tirar o Timão do
sufoco e abrir o placar aos 39 do segundo tempo. Marquinhos fez o segundo, e
Douglas Pote diminuiu para o Batatais.
A garotada, agora, pensa no futuro.
Guilherme Mantuan, volante moderno, e Carlinhos voltam a integrar o elenco
profissional treinado por Fábio Carille, que assistiu à partida de perto no
Pacaembu. O zagueiro Vinícius Del’Amore, o lateral-esquerdo Guilherme Romão, o
meia Fabrício Oya e o atacante Pedrinho, craque do torneio, podem ser os
próximos.
Ao Batatais, cabe o papel de honrado
coadjuvante. Classificado depois da eliminação do Paulista, que escalou um
jogador irregular na semifinal, o time do interior não tremeu com o estádio
cheio e fez o que pode para estragar a festa alvinegra. Não deu.
Primeiro tempo
O feriado e a tarde de sol
contribuíram para a torcida fazer sua parte no Pacaembu. Com a antiga casa do
Timão lotada, a equipe se sentiu à vontade para encurralar o Batatais em seu
campo de defesa e tentar o gol logo cedo. O problema é que Carlinhos, Fabrício
Oya, Pedrinho e Marquinhos não receberam sossego – a forte marcação do rival do
interior surtiu efeito.
Aos poucos, o time se soltou e
começou a abrir espaços. Assim, o ataque mais efetivo da Copinha – média de 3,5
gols por jogo até a final – pode aparecer. O problema é que o goleiro Gérson, a
trave e os zagueiros do Batatais impediram o gol alvinegro.
No contra-ataque, a equipe do
interior até teve duas chances, mas ambas pararam no goleiro Filipe. Fora isso,
só deu Timão. A melhor chance, curiosamente, foi com um zagueiro. Aos 42
minutos, Thiago aproveitou cobrança de escanteio e, de cabeça, acertou o
travessão.
Segundo tempo
Ao Corinthians, faltava o que havia
sobrado em todos os outros jogos da Copinha – precisão nas finalizações. No
segundo tempo, um novo componente : o nervosismo. A cada chance perdida, a
impaciência aumentava em campo e fora dele. Carlinhos foi quem teve a melhor
chance, ao receber de Pedrinho e chutar em cima de Gérson, aos 6 minutos.
Depois disso, Osmar Loss tentou
mudanças. Tirou Fabrício Oya e lançou Matheus, além de colocar Guedes e Lucas
Minele nas laterais. O Timão continuou perdendo gols, vítima da falta de
pontaria. Guedes, Marquinhos e Mantuan tiveram oportunidades, mas não marcaram.
O Batatais, a cada minuto, parecia
cada vez menos aquele time que levou 5 a 1 do Paulista na semifinal e só se
classificou porque o time de Jundiaí escalou um jogador irregular. O time do
interior teve mérito em perceber o nervosismo do adversário e passou a tentar
ficar mais com a bola, cozinhar o jogo, irritar a torcida que lotou o Pacaembu.
A estratégia deu certo por mais de 80
minutos, mas, no primeiro descuido, a zaga do Batatais deixou o artilheiro
rival livre. Aos 39, Carlinhos recebeu de Marquinhos e, de cabeça, foi às redes
e às arquibancadas. Três minutos depois, o goleador máximo da Copinha devolveu
a gentileza, e Marquinhos fez o segundo. Douglas Pote ainda diminuiu com um
golaço, por cobertura. Tarde demais. O Corinthians é campeão da Copinha pela
décima vez.
Corinthians fez campanha incrível
nesta edição da Copinha: 30 gols em 9 jogos (Foto: Marcos Ribolli)
Por Diego Ribeiro
GLOBO
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