Esse foi o abalo mais violento desde 1979
Sobe para 233 número de mortos em terremoto no
Equador | Foto: Juan Cevallos / AFP / CP
O potente
terremoto de 7,8 graus de magnitude que atingiu o Equador na noite de
sábado deixou até agora 233 mortos, quase 600 feridos, muitos destroços e um
episódio difícil de ser esquecido pelos equatorianos, que neste domingo vão aos
poucos descobrindo a magnitude da tragédia.
"O número oficial de mortos sobe para 233. O Barrio Tarqui de
Manta foi muito afetado. Pedernales destruído. O Vice- presidente se dirige a
Portoviejo", escreveu Correa em sua conta no Twitter.
O balanço anterior era de 77 mortos. O presidente
não fez referência ao número de feridos, que há horas foi calculado em
588. Em Portoviejo (Oeste), uma das cidades mais afetadas, o cenário era
desolador: casas destruídas, um mercado desabado, postes de luz caídos nas ruas
e escombros espalhados pelo asfalto, onde muitos decidiram passar a noite,
ainda abalados pelo forte tremor.
"Foi horrível, é a primeira vez que sinto um terremoto como este,
acho que durou um minuto e meio. Parecia que a casa iria cair. Estou surpresa,
não imaginava que essa cidade ficaria assim", declarou Bibi Macontos,
de 57 anos.
Com epicentro na província de Manabí (oeste, a 300 quilômetros de Quito)
este é o terremoto mais forte desde 1979.
O tremor ocorreu às 19h (21h de Brasília) de sábado e teve uma duração
de aproximadamente um minuto. Foi também sentido no sul da Colômbia e no Peru,
onde até o momento não foram registradas vítimas fatais.
"Estamos enfrentando uma tragedia de magnitude", disse o
presidente Rafael Correa do Vaticano, para onde viajou para participar em um
fórum sobre desigualdade. Em sua oração de Regina Coeli neste domingo, o
papa pediu pelos equatorianos. "Um violento terremoto atingiu o
Equador, causando numerosas vítimas e graves danos. Roguemos por sua população.
Que a ajuda de Deus e de seus irmãos lhes dê força e consolo",
disse Francisco.
A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, expressou a
solidariedade da UE e anunciou que o mecanismo de proteção civil para oferecer
apoio foi ativado. "Nossos pensamentos estão com as vítimas, seus
familiares e amigos e com todos aqueles que foram afetados", disse
Mogherini em comunicado.
AFP
Correio
do Povo
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