quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Reconstituição em 3D poderá ajudar a esclarecer morte da mãe de Bernardo


Reconstituição em 3D poderá ajudar a esclarecer morte da mãe de Bernardo
   Nova técnica apontará trajetória da bala/Foto: Reprodução

O IGP – Instituto Geral de Perícias desenvolve uma técnica de reprodução em 3D do crânio de Odilaine Uglione que poderá ajudar a esclarecer se a mãe do menino Bernardo se suicidou ou foi assassinada.

O inquérito sobre a morte de Odilaine foi reaberto em maio a pedido do Ministério Público e prorrogado pela terceira vez esta semana. A reabertura do caso foi determinada após apresentação de laudos particulares, que indicam que a suposta carta de suicídio foi escrita por outra pessoa.

O corpo de Odilaine foi exumado no dia 11 de agosto em Santa Maria e está sob análise no Departamento Médico Legal - DML, na Capital. A partir da reconstituição do crânio, será possível identificar a trajetória da bala, segundo o diretor-geral do IGP, Cleber Ricardo Teixeira Müller.

A nova técnica é inédita no Rio Grande do Sul.

Entenda o Caso Odilaine

Conforme a polícia, Odilaine teria cometido suicídio dentro do consultório do pai de Bernardo, Leandro Boldrini, no dia 10 de fevereiro de 2010, em Três Passos. No inquérito policial, consta que ela comprou um revólver calibre 38 pouco antes de ir à clínica. Além disso, também há o registro de um bilhete em que a secretária do médico, Andressa Wagner, entregaria ao patrão, alertando sobre a chegada de Odilaine. O processo conta com depoimentos de testemunhas que estavam na sala de espera no dia da morte e com documentos referentes a uma possível divisão da pensão a ser paga após o processo de separação do casal.

Já a defesa da família Uglione alega que houve falhas na investigação da morte da mãe de Bernardo, entre as principais, estão divergências quanto ao exato local da lesão no crânio de Odilaine; existência de lesões no antebraço direito e lábio inferior da vítima; lesões em Leandro Boldrini; vestígios de pólvora na mão esquerda da vítima, que era destra; ausência de exame pericial em Boldrini, uma carta fraudada supostamente deixada pela mãe de Bernardo e a própria morte do garoto, que configuraria um fato novo.


Fonte: Três Passos News

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