Reajuste foi
definido pela direção da estatal para tentar contornar crise da companhia
Reajuste foi definido pela direção da estatal
para tentar contornar crise da companhia
Foto: André Ávila / CP Memória
A Petrobras anunciou, na noite desta
terça-feira, novo reajuste nos preços de gasolina e diesel, válidos a partir já
desta quarta. O valor da gasolina nas refinarias subirá 6% e o do diesel 4%,
segundo comunicado divulgado de surpresa no fim da noite. Esse é o primeiro
reajuste de preços nos combustíveis na gestão de Aldemir Bendine, que assumiu a
petroleira em fevereiro com a missão de recuperar as finanças e a credibilidade
da empresa junto aos investidores, após a crise vivida nos últimos anos. Ainda
não há estimativas oficiais sobre o impacto do reajuste para os consumidores.
No último reajuste de preços de combustíveis, anunciado em novembro ainda pela
ex-presidente Graça Foster, a alta ficou entre 2% e 2,5%. O comunicado desta
terça-feira da companhia informou, também, que os preços sobre os quais incidem
o reajuste não incluem tributos federais, como Cide e PIS-Cofins.
A decisão foi tomada pela diretoria, após reunião em que a pauta principal foi a frágil situação financeira da estatal, agravada pelo efeito da depreciação cambial sobre a dívida externa da empresa. Também foram analisadas propostas para novo corte de investimentos, depois da companhia ter anunciado em junho uma redução de 37% em seus aportes financeiros no período entre 2015 e 2019. Um novo corte, entretanto, não foi definido.
O reajuste é também uma tentativa de sinalizar ao mercado que a companhia possui autonomia para definir sua política de preços de combustíveis. Analistas e consultores do setor não esperavam um reajuste neste ano, apesar da fragilidade da empresa. A avaliação é que o cenário político instável, a baixa popularidade do governo e a crise econômica do país retardariam a decisão. Entretanto, prevaleceu o diagnóstico sobre a gravidade da situação financeira, com restrição de caixa para investimentos prioritários.
No dia 10 de setembro, a estatal perdeu o grau de investimento da agência de classificação de risco Standard &Poor’s, afetando seu acesso ao crédito no mercado internacional. Desde então, com o agravamento da crise política, a alta do dólar acima dos R$ 4, agravou ainda mais a situação da petroleira, uma vez que 80% de sua dívida é cobrada em moeda estrangeira. As projeções indicam que a dívida total da companhia pode ultrapassar os R$ 500 bilhões no terceiro trimestre. O endividamento explodiu desde 2010, quando o governo passou a conter reajuste de preços como forma de evitar uma alta da inflação no país. Por isso, a estatal precisou revender o combustível a preços mais caros que o custo de importação do petróleo, em um momento em que as cotações do óleo estavam acima de US$ 110.
A decisão foi tomada pela diretoria, após reunião em que a pauta principal foi a frágil situação financeira da estatal, agravada pelo efeito da depreciação cambial sobre a dívida externa da empresa. Também foram analisadas propostas para novo corte de investimentos, depois da companhia ter anunciado em junho uma redução de 37% em seus aportes financeiros no período entre 2015 e 2019. Um novo corte, entretanto, não foi definido.
O reajuste é também uma tentativa de sinalizar ao mercado que a companhia possui autonomia para definir sua política de preços de combustíveis. Analistas e consultores do setor não esperavam um reajuste neste ano, apesar da fragilidade da empresa. A avaliação é que o cenário político instável, a baixa popularidade do governo e a crise econômica do país retardariam a decisão. Entretanto, prevaleceu o diagnóstico sobre a gravidade da situação financeira, com restrição de caixa para investimentos prioritários.
No dia 10 de setembro, a estatal perdeu o grau de investimento da agência de classificação de risco Standard &Poor’s, afetando seu acesso ao crédito no mercado internacional. Desde então, com o agravamento da crise política, a alta do dólar acima dos R$ 4, agravou ainda mais a situação da petroleira, uma vez que 80% de sua dívida é cobrada em moeda estrangeira. As projeções indicam que a dívida total da companhia pode ultrapassar os R$ 500 bilhões no terceiro trimestre. O endividamento explodiu desde 2010, quando o governo passou a conter reajuste de preços como forma de evitar uma alta da inflação no país. Por isso, a estatal precisou revender o combustível a preços mais caros que o custo de importação do petróleo, em um momento em que as cotações do óleo estavam acima de US$ 110.
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Correio do Povo
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