sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Sobe para 12 o número de mortos em terremoto no Chile

Cinco pessoas seguem desaparecidas após forte tremor e tsunami

Cinco pessoas seguem desaparecidas após forte tremor e tsunami  | Foto: Martin Bernetti/AFP/CP
   Cinco pessoas seguem desaparecidas após forte tremor e tsunami | Foto: Martin Bernetti/AFP/CP

O governo do Chile elevou para 12 a contagem de mortos por conta do terremoto de 8,4 graus que sacudiu o país na quarta-feira. Além disso, cinco pessoas estão desaparecidas após o tremor principal e a série de dezenas de réplicas que afetou principalmente a região costeira do país, inclusive com formação de episódio fraco de tsunami.

"O número de mortos neste momento é de doze, sendo oito na região de Coquimbo, três em Valparaíso e um na região metropolitana" de Santiago, informou o ministro do Interior, Jorge Burgos. "Há ainda cinco desaparecidos, pessoas que a polícia está trabalhando para localizar".

A maioria das mortes ocorreu em Coquimbo, região do norte chileno mais afetada pelo terremoto, cujo epicentro foi situado próximo à localidade de Illapel e devido ao tsunami de quase 4,5 metros que atingiu a zona. A 12ª vítima, ainda não identificada, foi encontrada em uma praia de Coquimbo após o mar devolver o corpo, explicou o ministro. No momento, mais de 600 pessoas permanecem em abrigos e 40 mil residências estão sem energia elétrica. 

Horas após o terremoto, a maré alta invadiu ruas de Valparaíso, na região central do país. Variações de até 1,3 metro foram registradas nas marés da Valparaíso, com testemunhas informando ondas de até seis metros e começo da invasão das ruas costeiras por água do mar. Por volta da 1h, 200 bombeiros estavam mobilizados no porto da cidade e equipes estavam nos morros do local. 

Pelo menos 1 milhão de pessoas saíram de suas casas nas regiões costeiras. Apesar do forte tremor, os serviços básicos seguiram funcionando normalmente em Santiago, do mesmo modo que a Internet, e o aeroporto foi reaberto após uma revisão das pistas. O metrô chegou a interromper os serviços momentaneamente, mas voltou logo a seguir, em velocidade reduzida. Cerca de 6,6 milhões vivem na capital chilena. O Ministério de Educação do Chile suspendeu as aulas nesta quinta-feira em algumas regiões do país, incluindo a área de Santiago.

O principal terremoto foi de longa duração e seguido de vários tremores secundários muito fortes. “Estávamos saindo do nosso prédio quando tudo começou a balançar, algo muito forte. O chão tremia com muita força”, relatou o morador de Santiago, Pablo Cifuentes, à rádio Cooperativa.

O abalo sísmico, de força pouco inferior ao terremoto de 2010, chegou a ser sentido a centenas de milhares de quilômetros do Chile. Em São Paulo, os bombeiros informaram terem recebido pelo menos 50 chamadas relativas. Em Santa Maria, moradores do Centro também acionaram o Corpo de Bombeiros em razão de tremores.


Fonte: AFP
Correio do Povo

Nenhum comentário:

Postar um comentário