quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Leite Compen$ado: grupo adicionava bicarbonato de sódio ao leite azedo

Duas pessoas foram presas

Ministério Público apreendeu produtos que eram adicionados ao leite (Foto: Divulgação / Ministério Público)
   Ministério Público apreendeu produtos que eram adicionados ao leite (Foto: Divulgação / Ministério Público)

Ao menos duas pessoas foram presas em mais uma fase da operação Leite Compen$ado, que combate fraude na bacia leiteira do Rio Grande do Sul. A ação foi realizada pelo Ministério Público, com apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Receita Estadual e Brigada Militar, e cumpre quatro mandados de prisão e cinco de busca e apreensão no município de Esmeralda, nos Campos de Cima da Serra.

O Ministério Público busca ainda quatro caminhões da empresa Márcio Fachinello – ME. A transportadora é investigada pela 9ª etapa da Operação Leite Compen$ado por crime organizado e prática comercial abusiva na cadeia produtiva do leite – crime de adulteração de produto alimentício.

Conforme as investigações, iniciadas há cerca de quatro meses, o proprietário da empresa e quatro funcionários que exercem a função de motoristas adicionavam produtos químicos ao leite cru in natura com a finalidade de mascarar a adição da água e aumentar o volume do produto final. A intenção era aumentar a lucratividade, além de evitar a perda de leite já em deterioração. A empresa recolhia entre 40 mil e 50 mil litros de leite cru diariamente junto aos produtores de vários municípios da região. Os motoristas eram orientados a acrescentar água e bicarbonato de sódio (substância utilizada para adequar o leite impróprio ao consumo, deixando-o dentro dos parâmetros legais). O leite seria encaminhado para a Laticínios Unibom, localizada em Água Santa.

As análises de quatro coletas feitas pelo Mapa nos meses de agosto de 2014 e 2015 comprovaram que houve adulteração do produto, com o intuito de dar uma “nova vida” ao leite, embora isto não o torne um produto de qualidade. Leite e derivados produzidos a partir da matéria prima fraudada ficam comprometidos quanto ao seu valor nutritivo, pois a sua degradação natural faz com que os principais nutrientes – vitaminas, sais minerais e proteínas – tenham seus valores bem abaixo dos padrões estipulados pelo Mapa.


Fonte: Rádio Guaíba

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