sábado, 5 de setembro de 2015

Marinha brasileira resgata 220 migrantes no Mar Mediterrâneo

Entre os resgatados, havia 37 crianças e quatro bebês de colo

Marinha brasileira resgata 220 migrantes no Mar Mediterrâneo  | Foto: Marinha Do Brasil / Divulgação / CP
   Marinha brasileira resgata 220 migrantes no Mar Mediterrâneo | Foto: Marinha Do Brasil / Divulgação / CP

A Marinha do Brasil resgatou 220 migrantes no Mar Mediterrâneo nesta sexta-feira, sendo 94 mulheres, 37 crianças e quatro bebês de colo. O navio Corveta Barroso estava a 170 milhas da Sicília, na Itália. O resgate ocorreu às 13h30min (18h30min na Itália).

O navio brasileiro navegava com destino à cidade de Beirute (Líbano), quando recebeu um comunicado do Centro de Busca e Salvamento Marítimo (MRCC) italiano, por meio do sistema automático de comunicações do serviço internacional de Busca e Salvamento, sobre a existência de uma embarcação com risco de afundar com cerca de 400 migrantes, com destino à Europa. O MRCC solicitou ao navio brasileiro que se aproximasse da posição conhecida da embarcação, a cerca de 150 milhas da terra mais próxima, Peloponeso, Grécia, tendo o navio chegado ao local após uma hora de navegação. 

Dois Navios-Patrulha italianos de pequeno porte se juntaram à cena de ação e, tendo em vista a impossibilidade desses navios receberem os migrantes a bordo, a Guarda Costeira italiana solicitou o apoio da Marinha do Brasil para efetuar o resgate e o posterior transporte para o porto italiano de Catânia. O Comandante da Marinha do Brasil prontamente autorizou a prestação desse apoio, a fim de salvaguardar a vida das pessoas. 

No momento, a transferência dos migrantes para a Corveta brasileira acaba de ser completada, tendo sido recebidas 220 pessoas, dentre os quais muitos deles extremamente debilitados. No local, já é noite, porém o mar apresenta-se calmo, facilitando a operação em curso. 

A Corveta Barroso saiu em 8 de agosto do Rio de Janeiro para substituir a Fragata União na Força-Tarefa Marítima da Nações Unidas (FTM-UNIFIL) no Líbano, a fim de atuar como Navio Capitânia do Comandante da Força-Tarefa, cargo esse exercido por um Almirante brasileiro desde 2011, e realizar tarefas de interdição marítima e capacitação da Marinha libanesa. 

Com uma tripulação de 191 militares a bordo, o navio permanecerá no Líbano até fevereiro de 2016. Assim que a Corveta Barroso assumir a missão, a Fragata União retornará ao Brasil.


Fonte: Correio do Povo
05/09/2015 | Atualização: 14:02

Nenhum comentário:

Postar um comentário