A
Cotricampo esteve em festa neste sábado. Durante a programação da 3ª Feira
Camponovense da Cultura, nesta manhã, aquela que é uma das principais
cooperativas do estado celebrou seus 48 anos de história.
Para
marcar a data, autoridades locais e regionais, associados e colaboradores da
cooperativa estiveram prestigiando o painel “Desenvolvimento do Agronegócio
Regional”, realizado na Rua Coberta, no largo do Ginásio Municipal de Esportes,
em Campo Novo.
O
debate, coordenado pela Embrapa Trigo e mediado por Jorge Lemainski, analista
da Embrapa Trigo, teve como participantes o secretário estadual da Agricultura,
Ernani Polo, o secretário estadual do Desenvolvimento Rural, Pesca e
Cooperativismo, Tarcísio Minetto, o presidente da Emater, Clair Kuhn, e o
pesquisador da Embrapa Trigo, José Eloir Denardin.
O
publico acompanhou atento ao debate, que trouxe informações importantes para os
produtores e analisou as perspectivas para o setor agropecuário nos próximos
anos.
A importância do solo para a produtividade
Primeiro
a falar, José Eloir Denardin, pesquisador da Embrapa Trigo, de Passo Fundo,
destacou a importância da análise de solos e a atenção permanente para os
nutrientes que são essenciais para o solo e, consequentemente, para as plantas.
Para
Denardin, a diversificação de culturas é um ponto fundamental para a melhoria
do solo, com a cobertura permanente, garantindo a rotação e sucesso de
culturas, o que acaba por fortalecer a terra.
O cooperativismo e seu reflexo positivo para a economia gaúcha
Economista
e estudioso há muitas décadas na área do cooperativismo, Tarcísio Minetto, que
hoje ocupa a chefia da Secretaria Estadual do Desenvolvimento Rural, Pesca e
Cooperativismo, apresentou ao público a importância do setor cooperativista
para a economia do Rio Grande do Sul.
Para
exemplificar esse ponto, ele citou números que demonstram a grandeza do setor.
No Rio Grande do Sul, são 440 cooperativas, que congregam 2,6 milhões de
associados e mais de 58 mil colaboradores. Somente em impostos gerados a partir
das cooperativas, o Estado arrecadou no último ano, cerca de R$ 1 bilhão. As
cooperativas representam 11% do PIB gaúcho.
De
acordo com Minetto, a partir de uma análise do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)
dos municípios que possuem cooperativas, tem-se que estas cidades estão com
índices mais positivos, do que aquelas que não tem cooperativas em seu
território.
A
Cotricampo está hoje com 8.889 associados, 771 colaboradores, possui 41 filiais
(entre unidades, supermercados, lojas agropecuárias) e gera R$ 23,5 milhões em
impostos, valor este que circula nas comunidades onde está inserida.
Novas alternativas para a agricultura familiar
O
presidente da Emater, Clair Kuhn, destacou durante sua fala que neste primeiro
ano de gestão, o resgate da parceria com a Embrapa é um dos pontos mais
positivos que foi conquistado.
Ele
fez referência à produção de alimentos como um dos grandes desafios da
atualidade, onde a agricultura familiar é essencial e precisa estar
fortalecida. Para isso, segundo ele, a infraestrutura rural, novas tecnologias
e o sistema em cooperativas são pontos essenciais para manter a juventude no
campo.
Kuhn
ressaltou o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo departamento de cooperativismo
da Emater e disse que uma das principais metas da entidade é trabalhar a
questão de fontes alternativas de energia, como a fotovoltaica e as
alternativas de renda, como a produção de etanol a partir de produtos como a
batata doce, que geram bons resultados para os produtores que estão dispostos a
evoluir.
A agropecuária é quem vem salvando os números do Estado
O
deputado estadual Ernani Polo, que ocupa a chefia da Secretaria de Estado da
Agricultura, iniciou sua fala mencionando a grande migração de gaúchos para
outras regiões do Brasil, onde estão desenvolvendo o agronegócio. Para ele,
isso demonstra a força humana de nosso povo mas também expõe as dificuldades
que o RS vem tendo nas últimas décadas para manter essa população, sua
qualidade e a riqueza que produz.
Segundo
Ernani Polo, a agropecuária é responsável por 45% do PIB gaúcho, muito acima do
que o setor representa nacionalmente, que atinge 22%. Dessa maneira, para o
secretário, é cada vez mais importante a gestão de políticas públicas integradas
para melhoramento do setor, com planejamento a longo prazo.
Polo
citou a estruturação do Programa Estadual de Gestão de Solos e Água como uma
das principais marcas da atual gestão em 2015.
Para
ele, o desafio da agroindustrialização ainda é um dos grandes gargalos do
estado que precisa ser atacado. A ampliação na produção de milho e trigo também
é prioridade de sua pasta.
Gelson Bridi, diretor
presidente da Cotricampo
José Eloir Denardin,
pesquisador da Embrapa Trigo
Tarcísio Minetto,
economista e secretário estadual do Desenvolvimento Rural
Jorge Lemainski, analista
da Embrapa Trigo
Clair Kuhn, presidente da
Emater
Ernani Polo, secretário
estadual da Agricultura
Sergio Dotto, chefe geral
da Embrapa Trigo
Gelson Bridi (E) e
Vergilio Perius, presidente do Sistema Ocergs/Sescoop-RS
Antonio Sartori, prefeito
de Campo Novo
Comissão organizadora da
3ª Feira Camponovense da Cultura
Fonte/Fotos: Rádio Alto Uruguai
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