segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Ponte interditada força passagem de transporte escolar por dentro de um rio, no interior de São Francisco de Paula

Em dias de chuva, alunos de Fazenda do Contrato não têm como ir à escola

Ponte interditada força passagem de transporte escolar por dentro de um rio, no interior de São Francisco de Paula Roni Rigon/Agencia RBS
Ponte interditada entre Cazuza Ferreira e Lajeado Grande obriga o motorista de uma kombi escolar a entrar em um rio com pedrasFoto: Roni Rigon / Agencia RBS

A interdição de uma ponte na localidade de Fazenda do Contrato, no distrito de Cazuza Ferreira, tem causado transtornos para os alunos que estudam em Lajeado Grande, distrito vizinho. Sem o acesso pela ponte, a Kombi que os leva até a escola precisa passar por dentro de um rio cheio de pedras, que torna a travessia uma aventura incômoda. Pior que isso, só quando chove. Como o nível da água aumenta, o veículo não tem como passar e os alunos perdem o dia de aula, fato que já ocorreu duas vezes nas últimas semanas.

A ponte caiu há cerca de dois meses, enquanto a Secretaria de Obras da Prefeitura de São Francisco de Paula realizava obras justamente para reforçar sua estrutura. Temendo acidentes, a equipe optou por remover toda a estrutura, mantendo apenas os alicerces de pedra que sustentavam a obra. Para sinalizar a interdição, foram erguidos dois montes de cerca de um metro de cascalho próximo às extremidades. O motorista Carlos Zulian, 45, responsável pelo transporte dos alunos, diz ter ouvido à época que as obras da nova ponte começariam em quatro dias.

— Essa situação preocupa muito tanto a nós quanto aos pais, porque os alunos estão perdendo conteúdo — lamenta a vice-diretora da Escola Estadual Lajeado Grande, Neiva Simone Teixeira.

Enquanto a nova ponte não for construída, a empresa responsável pelo transporte deve utilizar outra rota para evitar passar pelo rio, cujas pedras danificam o veículo e põem em risco a segurança dos passageiros, para pelo menos garantir que os alunos frequentem a escola regularmente. No entanto, o trajeto alternativo, que passa pela localidade de Apanhador, já em Caxias do Sul, aumenta o caminho em cerca de 15 quilômetros, a maior parte em estrada de chão. E os alunos, que já precisam acordar entre 5h e 6h para se arrumar para o colégio, teriam que despertar ainda mais cedo.

— Minha filha, que também é aluna e faz todo o caminho comigo, vai ter que acordar às 4h — exemplifica o motorista, apontando para a jovem Jaqueline Zulian, 14, aluna da escola de Lajeado Grande.

Consultada pela reportagem, o coordenador da Secretaria de Obras de São Francisco de Paula, Eberson Oliveira, afirma que o projeto para construção da nova ponte já está pronto e as obras devem iniciar dentro de 15 dias. Se o tempo ajudar, a previsão é de que demore 20 dias para ficar pronta. Até lá, a garotada vai ter que madrugar ainda mais para chegar na escola.

Fonte: Andrei Andrade | PIONEIRO

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