Até as 10h, quatro mortos foram retirados dos
escombros.
Bombeiros ainda buscam por pelo
menos oito vítimas.
Carros ficaram cobertos por
escombros (Foto: Wesley Rodrigo/Futura Press/Estadão Conteúdo)
Pelo menos quatro pessoas morreram no desabamento de um prédio
ocorrido na manhã desta terça-feira (27) na região de São Mateus, na Zona Leste
de São Paulo. A informação foi confirmada às
10h pelo Corpo de Bombeiros. O desabamento total do prédio de dois pavimentos
ocorreu por volta das 8h30, na Avenida Mateo Bei, próximo à Avenida Maria
Cursi. A estimativa é que pelo menos 20 operários trabalhavam na obra de
construção de uma loja da rede Torra Torra no momento do acidente. Segundo a
Subprefeitura de São Mateus, antes do início da obra, um posto de gasolina
funcionava no local.
Até as 10h, pelo menos 16 pessoas já haviam sido socorridas - a
maior parte delas com ferimentos de intensidade leve e moderada -, segundo o
Corpo de Bombeiros. A corporação acreditam que ainda haja entre oito e dez
pessoas sob os escombros, informou o major Hideo Dentini, do Corpo de
Bombeiros, em entrevista à GloboNews.
Casas e carros que estavam nas ruas em volta do prédio foram
atingidos pelo concreto que cedeu. No horário, 20 carros dos bombeiros, 60
homens, dois helicópteros e dois cães de salvamento trabalhavam no resgate das
vítimas.
Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a Avenida
Mateo Bei estava interditada em ambos os sentidos na altura do número 2.221,
desde as 9h15. A CET recomenda aos motoristas que evitem trafegar pela região.
De acordo com Palumbo, a obra começou há três meses - a laje tem
cerca de 400 metros quadrados. "Há indícios de que alguma coisa não andou
bem”, disse Palumbo em entrevista à GloboNews. Segundo ele, houve um “colapso
estrutural de uma laje”, abalando a estrutura do prédio.
"Agora é um trabalho demorado, de muita cautela, porque,
para fazer a retirada das vítimas que estão debaixo dos escombros, a gente
precisa de muita técnica e muita paciência", explicou o capitão. Ele
considera o trabalho "bem crítico".
Os bombeiros orientam os familiares de operários da obra que se
dirijam ao centro de operação montado no local para obter informações oficiais
sobre as vítimas resgatadas no acidente.
A obra deverá passar por perícia da Polícia Técnico-Científica
para apurar as causas do desabamento.
Por volta das 10h, a Defesa Civil já havia iniciado o isolamento
da área no entorno do desabamento para a avaliação de danos causados a imóveis
vizinhos. Quatro famílias tiveram de deixar suas casas para o trabalho de
vistoria dos agentes.
Ônibus e desvios
Na área interditada circulam 22 linhas de ônibus e duas de
trólebus, segundo a São Paulo Transporte (SPTrans). Os coletivos realizam
desvios por vias próximas para atender os usuários. O trajeto realizado pelo
trólebus, que não podem ser desviados, era feito por ônibus convencionais por
volta das 9h30.
Os veículos que trafegam pela Avenida Mateo Bei, sentido Centro,
são desviados pela Avenida Maria Corisa, Rua Ângelo de Candia e Rua Paulínio
Corsi. No sentido bairro, o desvio é feito pela Rua Paulínio Corsi, Rua João
Gouveia Francisco, Avenida Maria Corsi, regressando à Avenida Mateo Bei.
Fonte: Do G1 São Paulo
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