Deputado Vieira da Cunha diz que convenção do
partido deve homenagear Brizola com candidatura própria.
A tendência
que se verificava acabou confirmada: a grande maioria dos líderes presentes –
pelo menos dez municípios estavam representados - na reunião realizada ontem,
na Câmara de Vereadores de Ijuí, pela Coordenadoria Regional do Noroeste
Colonial pediu candidatura própria do PDT para governador em 2014.
Além do
presidente do partido Romildo Bolzon Jr e do deputado estadual Gerson Burmann,
o debate trouxe a Ijuí outros nomes igualmente expressivos do partido.
Como os
deputados Vieira da Cunha, Giovani Cherini, Gilmar Sossella, ex-prefeito de
Santo Ângelo, Eduardo Loureiro, Afonso Mota, Salete Roszkoswki, da AMT,
Flávio Lammel e vereador de Porto Alegre, Márcio Bins Ely.
Todos foram
recepcionados pelo presidente da Executiva Municipal, Agustinho Berlesi, pelo
prefeito Fioravante Batista Ballin, pelo ex-prefeito Valdir Heck, pelo
presidente da Câmara, Chico Seifert, pelo presidente da Coordenadoria Regional,
vereador Darci Pretto da Silva, pelo prefeito de Coronel Barros Senio Kirst e
ex-deputado Pompeo de Mattos.
Ao abrir a
reunião de trabalho, o presidente Estadual, Romildo Bolzan Jr disse que vem
fazendo uma série de reuniões em todas as coordenadorias para definir a
estratégia do partido nas próximas eleições.
“Mais tarde
vamos discutir como vamos nos apresentar para a população, pois o país vive um
momento muito importante e temos que interpretar os movimentos das ruas”,
disse.
Imediatamente
após, o presidente do PDT de Ijuí, Agustinho Berlesi, defendeu candidatura
própria. Segundo ele, o partido tem que se fortalecer e para isso deve ser
protagonista.
“Temos que
encarar com seriedade nosso papel e deixar de ser coadjuvantes nos
processos eleitorais”, afirmou.
Na mesma
linha de pensamento, Afonso Motta reforçou a importância do partido e de suas
bandeiras para a construção de uma sociedade mais justa.
“O PDT tem
história, tem vida no olhar”, disse. Mas segundo ele, é preciso passar da
vontade à responsabilidade, trabalhar para transformar essa vontade numa
condição que permita essa candidatura.
A presidente
da Ação da Mulher Trabalhista (AMT), Salete Roszkoswki, também defendeu a
candidatura própria, mas com responsabilidade. Para Márcio Bins Ely, vereador
mais votado em Porto Alegre, o PDT se constitui hoje na melhor alternativa para
o Estado.
Mesma
posição tem o deputado Giovani Cherini, segundo ele, com 70 prefeitos, 70
vice-prefeitos e centenas de vereadores, o PDT é um partido que tem força.
“O 12 vai
voltar ao governo do Estado, para o bem da Saúde, para o bem da Educação”,
disse. E foi além: segundo ele, não se pode esquecer a agricultura, que é
estratégica para o partido.
“A
participação da mulher e da juventude, precisa ser fortalecida” disse o
prefeito de Ijuí, Fioravante Ballin, ao defender a candidatura própria. Segundo
ele, primeiro é preciso querer, ter vontade, depois é necessário fazer. “Time
que não joga, não tem torcida” argumentou, fazendo referência mais uma vez, à
necessidade de o PDT deixar os papéis secundários e ser protagonista no
processo eleitoral.
De acordo
como ex-deputado Pompeo de Mattos, a vitória do PDT nas duas principais cidades
do Estado – Porto Alegre e Caxias – deu visibilidade ao PDT e às suas
propostas. Esse foi, na visão dele, o começo da construção de uma candidatura
própria ao governo do Estado.
“Não podemos
nos apequenar, precisamos ter maturidade”, disse. Segundo Pompeo o que o povo
está pedindo nas ruas é “transparência, cara limpa, e isso nós temos. Vamos
disputar. Precisamos trabalhar para crescer. Vamos fazer história e não contar
a história dos outros”, resumiu.
O
ex-prefeito Valdir Heck lembrou que o PDT tem condições para governar o Estado
e também tem nomes homens sérios que estão à disposição do partido como
candidatos, que sintonizam com aquilo que vem das ruas que é o apelo pelo fim
da corrupção.
“A corrupção
nesse país é um horror!” reiterou. Mas segundo ele, é preciso aprofundar o
debate, porque as ruas colocaram outras questões também e combateu os excessos
da burocracia que engessa as administrações públicas e deixa os prefeitos
praticamente imobilizados. “A burocracia dificulta a realização das obras”,
disse.
Valdir Heck
lembrou também que as ruas falaram sobre a educação, sobre a saúde. “O Brasil
precisa tomar outro rumo”, afirmou e, na condição de prefeito que fora
reeleito, também se colocou firmemente contrário à reeleição.
O também
ex-prefeito Eduardo Loureiro, de Santo Ângelo, disse que Ijuí é uma referência
para todos os trabalhistas, tendo em vista sua expressiva supremacia nas
últimas décadas, já que nos últimos anos só deixou de ser governo numa gestão.
“De 1982 até
aqui ficamos só uma gestão fora da prefeitura”, disse. E, segundo ele, como
governou Ijuí com resultados extraordinários, o PDT serve de exemplo para o
Estado. “Serve de modelo para todos nós”, assegurou.
Avaliar os
protestos é fundamental também na visão do vice-presidente do Banrisul, Flávio
Lammel. “Como eu gostaria de estar nas ruas (mas bandeiras partidárias não eram
aceitas nos movimentos)”, disse com o entendimento de quem compreende a
indignação que a população vem sentindo. “(...) porque a maior parte de nós
está indignada com o que está acontecendo nesse país e no Estado”, disse.
Para o
presidente da Câmara de Ijuí, vereador Chico Seifert, o momento é agora e não
dá mais para adiar a candidatura própria ao governo do Estado. “Eu quero
carregar o 12 na próxima eleição. O PDT tem que governar. Temos governado Ijuí
com avanços. Queremos que o mesmo desempenho que o PDT tem em Ijuí possa se
repetir no Estado”, afirmou.
O deputado
federal Vieira da Cunha lembrou que no próximo ano, o PDT pode marcar os dez
anos da morte da Leonel Brizola, homenageando-o com o lançamento de uma
candidatura própria. “Vamos marcar a convenção para o mesmo dia, porque essa é
a maior homenagem que podemos fazer a Brizola”, disse.
Vieira,
disse que o objetivo não é desmerecer ninguém, que o PDT participa do atual
governo. “Mas achamos que podemos oferecer mais para os gaúchos”, argumentou.
Segundo ele, já está na hora de o trabalhismo voltar a governar o Rio Grande.
Desde a eleição do ex-governador Collares, muitos partidos se sucederam no
Estado, sem avanços significativos.
Por fim o
deputado Gerson Burmann também se posicionou favoravelmente à candidatura
própria e, assim como Pompeo de Mattos, avalia que o PDT saiu fortalecido das
eleições municipais no ano passado. “Nós defendemos bandeiras que são
fundamentais como o repasse do 12% para a saúde. Tivemos que fazer cortes em
outros setores, compramos briga feia com o Ministério Público e com a própria
Assembleia, para garantir isso”, disse.
Gerson disse
ainda que medidas adotadas com o intuito de garantir receitas para o Estado,
que prejudiquem o pequeno jamais terão apoio da bancada do PDT.
O deputado
lembrou também que o Rio Grande tem a tradição de não reeleger ninguém e essa
tendência deve ser levada em consideração.
Fonte/Foto:
PORTAL IJUHY.COM
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