sábado, 27 de julho de 2013

Agências bancárias são destruídas durante protesto em São Paulo

Ato foi convocado em solidariedade a manifestantes do Rio, que exigem a saída do governador Sérgio Cabral

Agências bancárias são destruídas durante protesto em SP   Miguel Schincariol/AFP
Homens com rosto coberto quebram vidros de agência bancária na PaulistaFoto: Miguel Schincariol / AFP

Um violento protesto em São Paulo deixou pelo menos oito agências bancárias destruídas, sinais de trânsito foram derrubados, e o trânsito ficou bloqueado na Avenida Paulista, uma das principais do centro, por barricadas em chamas, informou a imprensa local na sexta-feira. 

O protesto foi convocado no Facebook pelo grupo de hackers Anonymous em solidariedade aos manifestantes do Rio de Janeiro, que exigem a renúncia do governador Sérgio Cabral. Segundo a polícia, mais de 300 manifestantes ocuparam o centro de São Paulo.

Os manifestantes se reuniram no vão livre do Masp e fecharam a pista sentido Consolação. O grupo se dirigiu na sequência para a Avenida 23 de Maio, interditando a via, que começou a ser liberada por volta das 20h30min. Uma van da TV Record foi parcialmente incendiada. Alguns integrantes tinham os rostos cobertos. 

   Foto: Miguel Schincariol, AFP 

Uma minoria, possivelmente do grupo Black Bloc, atacou agências bancárias na Paulista. Uma unidade do Banco Itaú perto do metrô Trianon-Masp teve as paredes pichadas e o corrimão quebrado. Em um prédio do Citibank, foram pintados símbolos de anarquia e a mensagem: "Era Punk: morte ao capital". 

Outra agência, do Banco do Brasil, teve os vidros quebrados. Parte dos manifestantes ainda colocou fogo em sacos de lixo e destruiu duas cabines da Polícia Militar, que foram jogadas na pista. De acordo com os PMs que acompanhavam o protesto, a ordem era para não intervir.

A polícia reprimiu com bombas de gás lacrimogêneo a manifestação. Os atos de vandalismo foram condenados por parte dos manifestantes que defendiam o protesto sem violência. Eles gritavam pedindo uma manifestação sem vandalismo, e os baderneiros respondem: 'sem moralismo'. O grupo também gritava palavras de ordem lembrando o caso do pedreiro Amarildo de Souza, morador da favela da Rocinha, que desapareceu há mais de dez dias, depois de ser levado por policiais para uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade.

A PM começou a reprimir o protesto na altura da Rua Pedroso, quando os manifestantes atacavam a fachada de uma concessionária de veículos. Até as 21h47min a PM não tinha informações sobre detidos. A partir da ação policial, o grupo se dispersou pelas ruas da região da Liberdade. 

*com informações da AFP e Agência Brasil 

   Foto: Miguel Schincariol, AFP 

Fonte: ZERO HORA

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