Parte do grupo
cometeu atos de vandalismo durante caminhada no Centro de Porto Alegre
Manifestantes e policiais entraram em confronto
durante manifestação em Porto Alegre
Crédito: Fabiano do Amaral
Crédito: Fabiano do Amaral
A Brigada Militar utilizou bombas de gás
lacrimogênio nos manifestantes que realizam protesto contra o valor da tarifa
dos ônibus em Porto Alegre, na noite desta quinta-feira. Após se reunir no Centro da Capital, o grupo saiu em caminhada por ruas e chegou à avenida João
Pessoa. O trânsito parou enquanto o grupo, com centenas de pessoas, percorriam
as vias centrais.
Ao cabo da manifestação, 23 pessoas foram detidas pela Brigada Militar – 18 homens e cinco mulheres. Eles devem ser soltos após prestarem depoimento.
• Tarifa segue R$ 2,85, garante TCE
Durante o percurso, parte dos manifestantes realizaram atos de vandalismo tanto contra o patrimônio público quanto o privado. Contêineres de lixo foram derrubados e vidraças de algumas agências bancárias danificados por pedras e até mesmo golpes de marreta. Pelo caminho, muitas pichações apareceram em paredes, com inscrições “passe livre” e pedindo passagens a R$ 2,60.
Na avaliação do comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar, major André Córdova, houve contaminação dos sentimentos dos manifestantes pelos atos de violência ocorridos no Centro do país. "Os protestos em Porto Alegre, até antes deste, transcorriam de forma pacífica. Desta vez, foi preciso que a Brigada Militar agisse. Se alguma pessoa considerar que houve excesso, deve denunciar às autoridades", afirmou Córdova.
A Brigada Militar acompanhou e protegeu os prédios da prefeitura e do Tribunal de Justiça, mas não interveio nas demais situações. Um helicóptero sobrevoou a trilha do protesto, que depois reuniu mais de 2 mil jovens, a maioria estudantes. Com sinalizadores, bandeiras e cartazes, entoando “um, dois, três, quatro cinco mil ou baixa a passagem ou paramos o Brasil”, uma parte subiu no arco de pedra da estação do Trensurb da Julio de Castilhos, em frente ao Mercado Público.
No Camelódromo, começaram as pichações e, na Voluntários da Pátria, lojistas baixaram cortinas de aço ao ouvirem golpes em portas de estabelecimentos fechados. O vandalismo ficou forte a partir da Vigário José Inácio, quando foi quebrado o vidro da primeira agência bancária.
Mulheres com crianças e pessoas começaram a correr ao ouvirem os estrondos. Muitos buscaram refugio em ruas transversais. A maioria dos jovens não aprovou a ação. No banco mais depredado (agência do Banrisul na Borges próximo ao Largos dos Açorianos) chegaram a colocar um cartaz entre os vidros quebrados reprovando a ação da minoria. Um motivo para o protesto, conforme alguns manifestantes, era para manter o valor da passagem em R$ 2,85, embora o valor real a ser cobrado devesse ser - disseram eles - de R$ 2,11. Outra justificativa foi a solidariedade aos protestos realizados contra o reajuste das passagens no Rio de Janeiro, São Paulo e Alagoas.
De acordo com a Rádio Guaíba, o momento mais tenso ocorreu na avenida João Pessoa. Tiros de balas de borracha foram disparados pela Brigada Militar, que acompanhou os manifestantes desde o Centro. Latas de lixo e contêineres foram queimados com o protesto seguindo até a avenida Osvaldo Aranha.
Ao cabo da manifestação, 23 pessoas foram detidas pela Brigada Militar – 18 homens e cinco mulheres. Eles devem ser soltos após prestarem depoimento.
• Tarifa segue R$ 2,85, garante TCE
Durante o percurso, parte dos manifestantes realizaram atos de vandalismo tanto contra o patrimônio público quanto o privado. Contêineres de lixo foram derrubados e vidraças de algumas agências bancárias danificados por pedras e até mesmo golpes de marreta. Pelo caminho, muitas pichações apareceram em paredes, com inscrições “passe livre” e pedindo passagens a R$ 2,60.
Na avaliação do comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar, major André Córdova, houve contaminação dos sentimentos dos manifestantes pelos atos de violência ocorridos no Centro do país. "Os protestos em Porto Alegre, até antes deste, transcorriam de forma pacífica. Desta vez, foi preciso que a Brigada Militar agisse. Se alguma pessoa considerar que houve excesso, deve denunciar às autoridades", afirmou Córdova.
A Brigada Militar acompanhou e protegeu os prédios da prefeitura e do Tribunal de Justiça, mas não interveio nas demais situações. Um helicóptero sobrevoou a trilha do protesto, que depois reuniu mais de 2 mil jovens, a maioria estudantes. Com sinalizadores, bandeiras e cartazes, entoando “um, dois, três, quatro cinco mil ou baixa a passagem ou paramos o Brasil”, uma parte subiu no arco de pedra da estação do Trensurb da Julio de Castilhos, em frente ao Mercado Público.
No Camelódromo, começaram as pichações e, na Voluntários da Pátria, lojistas baixaram cortinas de aço ao ouvirem golpes em portas de estabelecimentos fechados. O vandalismo ficou forte a partir da Vigário José Inácio, quando foi quebrado o vidro da primeira agência bancária.
Mulheres com crianças e pessoas começaram a correr ao ouvirem os estrondos. Muitos buscaram refugio em ruas transversais. A maioria dos jovens não aprovou a ação. No banco mais depredado (agência do Banrisul na Borges próximo ao Largos dos Açorianos) chegaram a colocar um cartaz entre os vidros quebrados reprovando a ação da minoria. Um motivo para o protesto, conforme alguns manifestantes, era para manter o valor da passagem em R$ 2,85, embora o valor real a ser cobrado devesse ser - disseram eles - de R$ 2,11. Outra justificativa foi a solidariedade aos protestos realizados contra o reajuste das passagens no Rio de Janeiro, São Paulo e Alagoas.
De acordo com a Rádio Guaíba, o momento mais tenso ocorreu na avenida João Pessoa. Tiros de balas de borracha foram disparados pela Brigada Militar, que acompanhou os manifestantes desde o Centro. Latas de lixo e contêineres foram queimados com o protesto seguindo até a avenida Osvaldo Aranha.
Vidraças foram quebradas durante a marcha
(Crédito: Fabiano do Amaral)
Com informações de Heron Vidal e Cristiano Soares.
Fonte: Correio do Povo e Rádio Guaíba
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