sexta-feira, 28 de junho de 2013

Ijuí: Casal é condenado a 28 e 31 anos de prisão pelo assassinato do ex-empresário Dorvalino Tolotti



Depois de dois anos de um crime que chamou atenção da comunidade de Ijuí, o caso teve desfecho ontem, 27, com a condenação dos réus a uma pena pesada. O crime diz respeito ao homicídio de Dorvalino Tolotti, de 68 anos na época, fato ocorrido na madrugada do dia 23 de julho de 2011 no prédio residencial onde a vitima morava, centro da cidade de Ijuí.

Na ocasião Tolotti foi assassinado com agressões praticadas através de uma barra de ferro. Ontem, os dois acusados pelo homicídio foram julgados pelo tribunal popular do júri do Fórum ijuiense. O autor confesso do crime, Anderson da Silva Pereira, de 29 anos, foi condenado a 28 anos e dois meses de prisão. Já a esposa de Dorvalino, Joana Batista Tolotti, de 49 anos, pegou uma pena de 31 anos e quatro meses de reclusão.

Os condenados não podem recorrer das penas em liberdade, por isso após o júri retornaram para a Penitenciária Modulada de Ijuí, onde estão recolhidos há cerca de dois anos, desde o dia do assassinato. Anderson e Joana foram condenados por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e ainda teve o agravante da vítima ter mais de 60 anos, o que também pesou na condenação.

Além disso, Joana Batista Tolotti teve a pena agravada por ter cometido crime contra o próprio cônjuge. Com isso, diante dos enquadramentos, os jurados entenderam que o assassinato foi praticado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. O crime ocorreu após um desentendimento entre as partes. Joana Batista Tolotti e Anderson da Silva Pereira tinham um relacionamento amoroso.

No entanto, na noite do crime aconteceu desentendimento, quando Dorvalino e Anderson brigaram na escadaria do prédio. Em depoimento durante o júri, Anderson disse que Dorvalino teria pego uma barra de ferro e desferido dois golpes, momento em que ele conseguiu tomar o objeto e assassinou Tolotti com vários golpes já na garagem do residencial. Com isso, o réu alegou legitima defesa.

Explicou, também, que após o crime colocou a vitima no carro dela e saiu para levar até o Hospital de Caridade de Ijuí, porém, na metade do caminho desistiu por receio de ser preso. Foi quando Anderson então resolveu levar o corpo até a beira do rio Potiribú, margens da ERS 155, onde foi encontrado pela manhã.

Joana Batista Tolotti, por sua vez, preferiu ficar em silêncio e não se pronunciou durante o julgamento de ontem. As defesas dos condenados anunciaram que vão recorrer da sentença no Tribunal de Justiça. O júri popular de ontem foi um dos mais longos dos últimos anos na Comarca de Ijuí, visto que durou 14 horas.

Fonte: RPI – Rádio Progresso de Ijuí

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