Depois
de dois anos de um crime que chamou atenção da comunidade de Ijuí, o caso teve
desfecho ontem, 27, com a condenação dos réus a uma pena pesada. O crime diz
respeito ao homicídio de Dorvalino Tolotti, de 68 anos na época, fato ocorrido
na madrugada do dia 23 de julho de 2011 no prédio residencial onde a vitima
morava, centro da cidade de Ijuí.
Na
ocasião Tolotti foi assassinado com agressões praticadas através de uma barra
de ferro. Ontem, os dois acusados pelo homicídio foram julgados pelo tribunal
popular do júri do Fórum ijuiense. O autor confesso do crime, Anderson da Silva
Pereira, de 29 anos, foi condenado a 28 anos e dois meses de prisão. Já a
esposa de Dorvalino, Joana Batista Tolotti, de 49 anos, pegou uma pena de 31
anos e quatro meses de reclusão.
Os
condenados não podem recorrer das penas em liberdade, por isso após o júri
retornaram para a Penitenciária Modulada de Ijuí, onde estão recolhidos há
cerca de dois anos, desde o dia do assassinato. Anderson e Joana foram
condenados por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e ainda
teve o agravante da vítima ter mais de 60 anos, o que também pesou na
condenação.
Além
disso, Joana Batista Tolotti teve a pena agravada por ter cometido crime contra
o próprio cônjuge. Com isso, diante dos enquadramentos, os jurados entenderam
que o assassinato foi praticado por motivo torpe, meio cruel e recurso que
dificultou a defesa da vítima. O crime ocorreu após um desentendimento entre as
partes. Joana Batista Tolotti e Anderson da Silva Pereira tinham um
relacionamento amoroso.
No
entanto, na noite do crime aconteceu desentendimento, quando Dorvalino e
Anderson brigaram na escadaria do prédio. Em depoimento durante o júri,
Anderson disse que Dorvalino teria pego uma barra de ferro e desferido dois
golpes, momento em que ele conseguiu tomar o objeto e assassinou Tolotti com
vários golpes já na garagem do residencial. Com isso, o réu alegou legitima
defesa.
Explicou,
também, que após o crime colocou a vitima no carro dela e saiu para levar até o
Hospital de Caridade de Ijuí, porém, na metade do caminho desistiu por receio
de ser preso. Foi quando Anderson então resolveu levar o corpo até a beira do
rio Potiribú, margens da ERS 155, onde foi encontrado pela manhã.
Joana
Batista Tolotti, por sua vez, preferiu ficar em silêncio e não se pronunciou
durante o julgamento de ontem. As defesas dos condenados anunciaram que vão
recorrer da sentença no Tribunal de Justiça. O júri popular de ontem foi um dos
mais longos dos últimos anos na Comarca de Ijuí, visto que durou 14 horas.
Fonte:
RPI – Rádio Progresso de Ijuí
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