Blocos de Araputanga venderam kits que dá direito ao consumo liberado.
O juiz Jorge
Alexandre Martins Ferreira, da Comarca de Araputanga,
a 371 quilômetros de Cuiabá, proibiu a entrada de crianças e adolescentes nos
blocos de Carnaval do município. Segundo ele, a medida visa evitar o consumo de
álcool entre os adolescentes. Ocorre que três blocos estariam vendendo espécies
de kits com direito a consumir bebidas alcoólicas sem nenhuma restrição.
Autor da ação com
pedido de liminar, o Ministério Público Estadual (MPE) alegou que antes de
protocolar a ação havia notificado os organizadores dos blocos para que
deixassem claro nas propagandas sobre a proibição da comercialização desses
kits para menores de 18 anos. Também pediu que, caso já tivessem vendido para
algum adolescente, restituísse os valores.
Na decisão, o
magistrado determinou que em 48 horas, a contar desta sexta-feira (1º), os
organizadores dos blocos retirem as propagandas que não façam referência sobre
a proibição da comercialização de kits para menores de 18 anos e devolvam os
ingressos vendidos antecipadamente aos adolescentes.
Além disso, o juiz
estabeleceu que os blocos exijam a apresentação de identificação civil com foto
da pessoa para ingresso no ambiente.
Um dos argumentos
usados pelo MPE é de que a legislação de proteção aos interesses menoristas
proíbe o acesso e a permanência de menores de idade em eventos festivos em que
tenha distribuição livre de bebida alcoólica. “Eventos dessa natureza, em que a
própria propaganda ressalta e idolatra a bebida alcoólica, que, diga-se, é o
principal atrativo da festa, tem efeito deletério na formação da população
infanto-juvenil”, disse o promotor Luiz Fernando Rossi Pipino, que ingressou
com a ação.
Se não cumprir a
ação, os organizadores responderão por crime de desobediência e serão
encaminhados à Delegacia de Polícia Civil. Também devem pagar multa diária de
R$ 50 mil se houver o prosseguimento da comercialização dos kits a menores de
idade e multa de R$ 1 mil se não houver a substituição das propagandas de
publicidade.
Fonte: Do G1 MT
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